Cesta básica de Porto Alegre volta a ser a mais cara do País

Cesta básica de Porto Alegre volta a ser a mais cara do País

Aumento foi de 4,35% em relação ao mês de setembro, apontou Dieese

Cláudio Isaías / Correio do Povo

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A cesta básica de Porto Alegre registrou um aumento de 4,35% passando de R$ 311,34 de setembro de 2013 para os atuais R$ 324,87, divulgou a economista Daniela Sandi, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quinta-feira. Com a terceira maior taxa, a Capital gaúcha passou a ter a cesta de gêneros alimentícios de primeira necessidade mais cara do País (R$ 324,87), o que não ocorria desde setembro de 2012. Desde outubro do ano passado, o valor mais elevado vinha sendo registrado em São Paulo, que desta vez ficou com o segundo maior valor: R$ 321,14.

No ano, a cesta está 10,42% mais cara e em doze meses registrou alta de 6,26%.Na avaliação mensal, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios previstos sete apresentaram alta. Os “vilões” do aumento da cesta de produtos, segundo Daniela, foram o tomate (25,96%), a batata (10,17%) a banana (9,28%) e o pão (2,61%). Em sentido inverso, seis produtos registraram redução, sendo os maiores recuos verificados na manteiga (-2,62%) e no óleo de soja (-2,12%).

A cesta acumula alta de 10,42% em 2013. De janeiro a outubro, dez itens estão mais caros, com destaque para a batata (84,92%), tomate (47,06%), feijão (35,80%) e arroz (25,58%). Dentre os produtos (03 itens) que ficaram mais baratos, o açúcar registrou a maior queda (-8,%), seguido da manteiga (-6,08%).

Segundo o Dieese, o valor da cesta básica representou 52,08% do salário mínimo líquido, contra 49,91% em setembro de 2013 e 53,43% em outubro de 2012. O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em outubro cumprir uma jornada de 105 horas 25 minutos para adquirir os alimentos básicos. Em outubro, 15 das 18 capitais em que o Dieese apresentaram aumento no preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais. As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro (5,86%), Curitiba (4,80%), Porto Alegre (4,35%) e Vitória (4,06%). Os decréscimos no valor da cesta ocorreram em João Pessoa (-2,06%), Manaus (-1,23%) e em Recife (-0,08%).

Com base no custo apurado para a cesta de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em outubro deste ano, o menor salário pago deveria ser de R$ 2.729,24, ou seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Em setembro, o mínimo necessário era menor e equivalia a R$ 2.621,70 ou 3,87 vezes o piso vigente. Em outubro de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família correspondia a R$ 2.617,33, o que representava 4,21 vezes o mínimo de (R$ 622,00).

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