Cesta básica sobe 5% em Porto Alegre, aponta Dieese
Salário mínimo para suprir uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 2.674,88
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“Na avaliação mensal, dez dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais tiveram alta. Os produtos in natura tiveram o maior aumento. O tomate registrou elevação de 23,70% e a batata 23,63%. Em terceiro lugar a carne representa o maior gasto mensal, com registro de 1,93% de alta", explicou Daniela. Em doze meses, a Cesta está 12,64% mais cara.
Neste início de ano, os preços da Cesta Básica apresentaram alta em todas as 18 capitais onde o Diesse realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações apuradas em Salvador (17,85%), Aracaju (13,59%), Natal (12,48%) e Brasília (11,30%). As menores oscilações ocorreram em Fortaleza (2,19%), Belo Horizonte (3,06%) e Belém (3,29%).
Em janeiro, o valor da cesta básica representou 49,59% do salário mínimo líquido. Levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene e transporte do trabalhador e sua família (quatro pessoas), o Dieese estimou que o valor deveria ser de R$2.674,88, quase quatro vezes maior do que o valor atual de R$ 678,00.
Desoneração
O governo federal estuda adotar, ainda para este ano, a desoneração integral dos produtos que compõem a cesta básica. A afirmação foi feita pela presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira, quando reafirmou que pretende rever também o conceito do conjunto de produtos, que ela considera "ultrapassado". A medida, segundo a presidente, deve contribuir para que a inflação seja menor durante o ano de 2013. "Como a lei que definiu a cesta básica é bastante antiga, nós estamos revisando os produtos que integram a cesta, para que possamos desonerá-los integralmente', explicou Dilma.