China proíbe recebimento de jatos da Boeing em resposta às tarifas de Donald Trump

China proíbe recebimento de jatos da Boeing em resposta às tarifas de Donald Trump

Governo ainda pediu que transportadores segurassem qualquer item relacionado a aeronaves que fosse comprado por companhias americanas

Correio do Povo
China proíbe entrega de jatos da Boeing aos EUA em resposta às tarifas de Trump

China proíbe entrega de jatos da Boeing aos EUA em resposta às tarifas de Trump

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A guerra comercial, em sua maior parte protagonizada por China e Estados Unidos, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira. O governo chinês decidiu proibir o recebimento de jatos da Boeing. A medida faz parte da resposta chinesa à elevação de tarifas proporcionada pelo presidente Donald Trump. A informação foi divulgada pela Bloomberg News.

O governo chinês foi um pouco mais longe e também solicitou que transportadores chineses segurassem qualquer compra de equipamentos relacionados a aeronaves de companhias dos Estados Unidos.

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De acordo com a publicação, a disputa entre China e Estados Unidos colocou a empresa em uma situação delicada, ainda que fluída, uma vez que pode mudar a qualquer momento. Na semana passada, Trump decidiu dar uma pausa de 90 dias nas tarifas anunciadas, o que não se estendeu aos chineses. O alívio, pedido por investidores, foi bem visto pela classe.

Na última sexta-feira, a China anunciou que aumentará as tarifas sobre os produtos dos Estados Unidos para 125%. "A imposição por parte dos Estados Unidos de tarifas anormalmente elevadas contra a China viola gravemente as normas comerciais internacionais, as leis econômicas básicas e o bom senso", afirmou a Comissão Tarifária do Conselho de Estado de Pequim.

Embora esteja decidida a responder a qualquer ação dos Estados Unidos, a China não fechou a porta para o diálogo. Antes de iniciar uma série de viagens pela Ásia, o presidente chinês Xi Jinping, falou sobre o cenário de incerteza criado pelas tarifas.

"Nossos dois países devem resguardar de maneira decidida o sistema comercial multilateral, a estabilidade das cadeias mundiais industriais e de abastecimento, assim como um ambiente internacional aberto e de cooperação", escreveu Xi em um artigo. "Uma guerra comercial e tarifária não terá nenhum vencedor e o protecionismo não leva a lugar nenhum", destacou.

“Cada vez mais aberto”

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou nesta terça-feira que o país está "cada vez mais aberto" às relações comerciais internacionais. Em coletiva de imprensa, Jian ressaltou que "diante das incertezas externas, a China continuará a estender a mão, e não a trocar socos, a promover conexões, e não o desacoplamento. Vamos continuar expandindo nossa rede de parceiros comerciais e fortalecendo nossa atratividade para investimentos".

A fala ocorre um dia após o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, sugerir que os EUA poderiam se "descolar" da China, se necessário.

O país asiático também voltou a rebater uma declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que classificou como "predatórios" os investimentos chineses em países do Sul global. Segundo Jian, "os EUA historicamente oprimiram e exploraram a América Latina. Portanto, os EUA não têm autoridade moral para criticar ou interferir na cooperação entre a China e os países latino-americanos".


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