Chipre pede ajuda financeira para zona do euro
Comunicado oficial fala em conter riscos em função da exposição à economia grega
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Após a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que também fez um pedido formal de ajuda aos bancos nesta segunda-feira, o Chipre é o quinto país da união monetária a recorrer a uma assistência financeira. Uma fonte diplomática anunciou mais cedo que o Chipre, que se prepara para assumir a Presidência da UE no dia 1º de julho por seis meses, pedirá durante o dia de hoje uma ajuda à zona do euro para socorrer seu setor bancário.
O comunicado não especifica se o pedido de ajuda é baseado no modelo espanhol e, portanto, limitado ao setor bancário, ou se diz respeito a toda a economia do país, o que implicaria no acompanhamento de um programa de ajuste orçamentário. O Governo do Chipre tinha sugerido anteriormente que ele poderia solicitar assistência antes do final de junho, data limite para o segundo maior banco, o Popular Marfin Bank, obter os 1,8 bilhão de euros necessários para sua recapitalização.
A agência de classificação Fitch rebaixou nesta segunda-feira a nota da República do Chipre à categoria especulativa, passando de "BBB-" para "BB+", por causa dos temores sobre o sistema bancário. A Fitch seguiu o exemplo da Standard and Poor's, que tinha feito o mesmo em janeiro. A Moody's também o fez em 13 de junho, considerando que o plano para ajudar os bancos do Chipre poderia ultrapassar um montante que representa 10% do produto interno bruto da ilha - cerca de 18 bilhões de euros-, em vez de 5% a 10% previamente propostos.
Nicósia também parecia ter a intenção de pedir a Moscou um empréstimo de 3 a 5 bilhões de euros. A Rússia já concedeu um empréstimo bonificado de 2,5 bilhões de euros às autoridades do Chipre para fechar o seu déficit orçamental em 2012. O Chipre, que aderiu a UE em 2004 e adotou o euro em 2008, sofreu todo o impacto da crise econômica e financeira que abalou a Grécia, um dos seus parceiros culturais e econômicos.