Com aumento de 2,33%, cesta básica em Porto Alegre segue a mais alta do país

Com aumento de 2,33%, cesta básica em Porto Alegre segue a mais alta do país

Valor da cesta de alimentos representou 51,84% do salário mínimo líquido

Cláudio Isaías

Produtos in natura foram os responsáveis pela alta do preço da cesta de alimentos da Capital

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A cesta básica de Porto Alegre registrou variação de 2,33% passando de R$ 436,68 em setembro para R$ 446,87 em outubro. O resultado manteve Porto Alegre como a cesta mais cara do país pelo 13º mês seguido. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela economista Daniela Sandi, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 318,31), Natal (R$ 325,09) e Recife (R$ 325,96).

Na avaliação mensal, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, seis registraram alta: o tomate (16,02%), a batata (15,04%), a banana (2,86%), o café (1,51%), o leite (1,06%) e o óleo de soja (0,26%). Em sentido inverso, cinco itens ficaram mais baratos: a farinha (-1,86%), o açúcar (-1,54%), o arroz (-1,46%), a carne (-0,23%) e a manteiga (-0,11%). Dois itens não registraram variação de preço: o feijão e o pão. Segundo Daniela Sandi, os produtos “in natura” como o tomate, a batata e a banana foram os responsáveis pela alta do preço da cesta de alimentos da Capital.

No ano, sete itens registraram queda: o feijão (-31,62%), a banana (-21,34%), o açúcar (-18,73%), a batata(-10,34%), a farinha de trigo (-10,20%) , o óleo de soja (-9,18%) e o arroz. Por outro lado, seis itens apresentaram alta: o tomate (25,56%),a manteiga (16,29%), o café (10,88%), o leite (3,95%), o pão (1,30%) e a carne (0,36%).

Em outubro, o valor da cesta de alimentos representou 51,84% do salário mínimo líquido, contra 50,66% de setembro de 2017 e 59,05% de outubro de 2016. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em outubro, cumprir uma jornada de 104 horas e 55min para adquirir os bens alimentícios básicos. A jornada foi maior do que a registrada em setembro (102h32min) e menor do que em outubro de 2016 (119h31 min). A variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 570,47%, enquanto a inflação medida pelo INPC/IBGE acumulou 484,53% e o salário mínimo registrou alta de 1.346,21% (variação nominal).

Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Porto Alegre, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro de 2017 deveria equivaler a R$ 3.754,16, ou 4,01 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em setembro, de 2017, o valor necessário correspondeu a R$ 3.668,55, ou 3,92 vezes o mínimo vigente. Em outubro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 4.016, 27 ou 4,56 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.

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