Com retração da agropecuária, PIB gaúcho tem variação nula no terceiro trimestre do ano

Com retração da agropecuária, PIB gaúcho tem variação nula no terceiro trimestre do ano

Setor de serviços foi o que registrou maior crescimento

Correio do Povo

Agropecuária foi o setor que registrou maior retração no 3º trimestre

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul permaneceu estável no terceiro trimestre do ano se comparado ao mesmo período de 2016. A variação nula foi influenciada, principalmente, pela queda da agropecuária e crescimento da indústria. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O desempenho econômico gaúcho foi na contramão do País – que neste período cresceu 1,4%. Assim como no Brasil, a agropecuária foi o setor do Estado que registrou maior queda.

Apontado na maioria das pesquisas como um dos principais setores da economia gaúcha, a agropecuária retraiu de 6,6% neste período. E se transformou no setor responsável pelo não crescimento da economia do Estado. Segundo a FEE, o resultado negativo foi impulsionado pelo péssimo desempenho da pecuária.

A agropecuária é seguida pela indústria – que registrou segunda maior queda. Contudo, mais de 4% separam os dois setores. Neste período a retração da indústria foi de 2,2%. A queda na indústria de transformação (-0,8%), que interrompeu três trimestres de crescimento, foi fortemente influenciada pelo desempenho negativo da atividade de celulose, papel e produtos de papel. No Brasil, a indústria de transformação cresceu 2,4% no trimestre.

Já o setor de serviços cresceu 1,6%. O principal destaque foi o comércio, que cresceu 6,4% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. O economista Roberto Rocha, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, aponta que o comércio gaúcho teve um desempenho superior ao brasileiro nesse trimestre e essa taxa é a maior desde o primeiro trimestre de 2014 no Estado. “O crescimento do comércio gaúcho reflete a melhoria na massa de rendimentos e na ocupação e maior acesso ao crédito”, explica. No Brasil, o resultado trimestral desses setores foi aumento de 9,1% na agropecuária, 0,4% na indústria e 1,0 nos serviços.

No período, o Valor Adicionado Bruto (VAB) oscilou negativamente 0,1% e os impostos líquidos variaram positivamente 0,3%. Enquanto a soma das riquezas produzidas pela economia gaúcha teve variação nula, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, com aumento de 2,5% em impostos e 1,2% no VAB.

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