O último trimestre do ano tradicionalmente marca o aumento da procura por trabalhadores temporários no comércio do Rio Grande do Sul. Em 2025, a tendência deve se repetir, ainda que os comerciantes enfrentem dificuldades para ampliar suas equipes.
A Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Rio Grande do Sul (FCCS-RS) projeta que a oferta de empregos temporários deve ficar entre sete e oito mil vagas neste final de ano.
O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, destaca que o momento atual é diferente de anos anteriores, quando havia intensa oferta e grande número de candidatos interessados nas vagas temporárias. “Está mais difícil encontrar mão de obra qualificada para o comércio. Desde 2020, o setor enfrenta uma sequência de desafios: pandemia, enchentes, inflação e juros elevados. Por isso, muitos empresários estão operando com estruturas mais enxutas e realistas”, observa.
Apesar das dificuldades, a FCCS-RS acredita em uma melhora nas vendas até o final do ano. “Com a chegada da Black Friday, do Natal e do Réveillon, é provável que o comércio volte a aquecer. O pagamento do 13º salário, tanto no setor público quanto no privado, deve aumentar o volume de dinheiro em circulação e, consequentemente, a demanda por produtos e mão de obra temporária”, projeta o presidente da entidade.
As oportunidades de trabalho temporário se concentram principalmente nos segmentos de vestuário, calçados e supermercados, com vagas para vendedores, caixas e estoquistas. O perfil dos contratados costuma ser de pessoas em busca do primeiro emprego ou da recolocação no mercado de trabalho.