Conferência internacional aborda o tema reconstrução do RS e construção sustentável

Conferência internacional aborda o tema reconstrução do RS e construção sustentável

O Greenbuilding Council Brasil 2024 em parceria com o Inovar Sinduscon-RS acontece nos dias 5 e 6 de novembro no Teatro Unisinos, em Porto Alegre.

Paula Maia
O seminário também abordará temas ligados à arquitetura, inovação e inteligência artificial no setor

O seminário também abordará temas ligados à arquitetura, inovação e inteligência artificial no setor

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Em parceria com o Inovar Sinduscon/RS, o Greenbuilding Brasil 2024, o maior evento de construções sustentáveis da América Latina, está ocorrendo no Teatro Unisinos, em Porto Alegre. Entre essa terça-feira e quarta-feira, o encontro tem o objetivo de contribuir com o processo reconstrução do Rio Grande do Sul, trazendo cases e experiências nacionais e internacionais.

Durante a abertura, o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, enfatizou a importância de fortalecer a parceria entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Green Building Council Brasil (GBC Brasil) para ampliar o impacto das certificações de sustentabilidade em empreendimentos que sejam economicamente viáveis e com benefícios sociais, como geração de empregos e arrecadação de impostos. Teitelbaum também considerou que o seminário também vai abordar temas ligados à arquitetura, inovação e inteligência artificial no setor.

A importância de abordar a sustentabilidade de forma ampla foi destacada pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem (SICEPOT-RS), Rafael Sacchi. Ele argumentou que a sustentabilidade não pode ser vista apenas como um empreendimento verde, mas como uma sociedade sustentável, onde empresas e entidades devem investir em tecnologia e capacitação para gerar emprego e fortalecer a economia.

Sacch ressaltou que enfrentar eventos climáticos adversos exige obras bem estruturadas e a união entre o setor público e privado. Ele lembrou que as empresas se mobilizaram rapidamente para ajudar na reconstrução de estradas, pontes e taludes após as enchentes no Rio Grande do Sul. E ainda defendeu que a resiliência demonstrada pelo povo gaúcho, assim como a infraestrutura básica (como estradas e energia), são essenciais para sustentar o desenvolvimento da sociedade.

O desafio de levar o movimento da sustentabilidade para antigos condomínios e novas construções do Programa Minha Casa, Minha Vida foi considerado pelo presidente do Conselho de Administração do Green Building Brasil (GBC), Raul Penteado.

Penteado observou que um bom planejamento, pensando na sustentabilidade, gera vantagens e execução de obras mais econômicas e eficientes, além de proporcionar qualidade de vida para as pessoas. Ele considerou que as pequenas ações como troca de lâmpadas e janelas maiores fazem parte de um sistema que gera economia que faz a diferença, principalmente, para as pessoas com rendas menores. Ele também afirmou que as construções do RS se destacam em relação ao Brasil e observou que 26% das certificações de sustentabilidade vem do RS.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Corrêa destacou diversos projetos e desafios enfrentados pelo setor da construção no Brasil. Ele mencionou o projeto de requalificação dos centros urbanos e a criação de um manual com boas práticas que será lançado no Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) em novembro. Também falou sobre a ferramenta C-Carbon, desenvolvida pelo SindusCon-SP, que calcula a pegada de carbono durante o período de construção.

Corrêa abordou o impacto da reforma tributária, enfatizando a necessidade de uma alíquota de referência reduzida para evitar o aumento do custo dos imóveis. Ele defendeu o direito de protocolo para que empreendimentos em andamento não sejam afetados por mudanças nas regras fiscais. Além disso, apontou a insegurança jurídica causada por ações predatórias contra construtoras e manifestou preocupação com os saques extraordinários do FGTS, que prejudicam a habitação de interesse social. Por fim, Corrêa ressaltou a importância de soluções inovadoras no setor, como o uso de drones e inteligência artificial, para aumentar a eficiência e competitividade.


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