Confio que Brasil está no rumo certo, garante Levy

Confio que Brasil está no rumo certo, garante Levy

Ministro da Fazenda disse que o importante é ter paciência

AE

Levy pediu paciência após ajustes

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou "ter bastante confiança" de que a política macroeconômica adotada pelo governo, com ajuste fiscal e combate firme à inflação, levará o País ao rumo do desenvolvimento. "Quando se faz um ajuste, primeiro tem mais custos do que resultados, em todos os países é assim. como aqui na Espanha", destacou. "No Brasil, será mais rápido do que na Espanha por todas as razões. Levy ressaltou no sábado, em Ancara, que acredita ver o PIB apresentando crescimento no final do ano, na margem.

O ministro destacou nesta segunda que é importante a sociedade entender a importância do que está sendo feito pelo governo para incrementar a gestão das contas públicas, que é um esforço necessário inclusive para recuperar os índices de confiança dos agentes econômicos, sobretudo empresários e consumidores. "E principalmente (precisamos) focar nas coisas mais estruturais que vão criar esse novo Brasil que a gente quer ver logo", apontou.

Entre estas mudanças estão revisão de desonerações de impostos e simplificação na área tributária. Levy fez os comentários em evento sobre Infraestrutura realizado pelo jornal El Pais, que reuniu cerca de 150 empresários e investidores. O ministro foi perguntado se estava saindo do governo, mas respondeu com bom humor, ao afirmar que sairia daquele seminário para outros compromissos da capital espanhola.

Segundo Levy, o governo resolveu tomar medidas, de políticas fiscal, monetária e cambial, e com isso a economia "começa a se reequilibrar." "Agora o importante é ter paciência, pois depois que teve certos custos (o ajuste), é preciso perseverar para colher depois os benefícios", acrescentou, durante evento sobre Infraestrutura realizado pelo jornal El Pais, em Madri, que reuniu cerca de 150 empresários e investidores.

Em relação à gestão das contas públicas, como o Poder Executivo adotou medidas anticíclicas que foram bem sucedidas para estimular a demanda agregada logo depois da Grande Recessão de 2008, com o tempo, num novo cenário internacional, essa ações não poderiam ser mantidas. "A política anticíclica depois de um certo tempo começa a ter um preço caro", destacou. "No nosso caso, o custo fiscal mostrou-se crescente e não seria conveniente continuar. Então, tivemos um realinhamento fiscal e de preços bastante importante que facilitou a economia começar a se ajustar."

Para o ministro, outra parte importante do "realinhamento" da economia veio do câmbio, que gerou mais estímulos para o setor externo, especialmente com registro de saldo positivo das exportações sobre as importações. "O nosso balanço de pagamentos tinha um déficit crescente e começa a diminuir. A balança comercial tem superávit e a contribuição do setor externo para o crescimento do PIB pela primeira vez, desde 2005, foi positiva em 12 meses, terminados no segundo trimestre, cuja contribuição foi de praticamente de 1%."

O ministro ressaltou a correção de preços administrados, a inflação subiu, mas com a ação "muito consistente" do Banco Central para atacar a inflação, o que "pela primeira vez vai vendo essa convergência de (expectativas) de maneira bastante significativa."

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