Conselho de administração da Mitsubishi destitui Carlos Ghosn

Conselho de administração da Mitsubishi destitui Carlos Ghosn

Empresário já havia sido demitido do mesmo cargo na Nissan por supostas fraudes financeiras

AFP

Diretoria do grupo afirmou em comunicado que ficou "difícil" manter o executivo no cargo

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O conselho de administração da montadora japonesa Mitsubishi Motors anunciou nesta segunda-feira que destituiu o presidente Carlos Ghosn, que já havia sido demitido do mesmo cargo na Nissan, por supostas fraudes financeiras. Um breve comunicado afirma que a diretoria do grupo considerou "difícil" manter no cargo o poderoso executivo, detido há uma semana em Tóquio.

Na última quinta-feira, o conselho administrativo da Nissan votou por unanimidade a demissão de Carlos Ghosn como presidente, após a prisão do reverenciado executivo. "Depois de analisar um relatório detalhado da investigação interna, a diretoria votou por unanimidade para dispensar Carlos Ghosn como presidente do conselho", afirmou o comunicado.

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Interrogado pela justiça, Goshn, sem recorrer ao direito de permanecer em silêncio, afirmou que nunca teve a intenção de ocultar seus rendimentos, de acordo com fontes não identificadas citadas pela rede NHK. O executivo é suspeito de ter minimizado sua renda como presidente do conselho de administração da Nissan em quase 5 bilhões de ienes (38 milhões de euros) durante cinco anos a partir de 2011.

Ghosn também é acusado de ter feito o mesmo nos três exercícios fiscais seguintes, informaram na última sexta-feira os jornais japoneses Asahi Shimbun e Nikkei, por um valor total de 8 bilhões de ienes (mais de 62 milhões de euros) ocultados das autoridades financeiras japonesas.

Além disso, o empresário é suspeito de não ter declarado um bônus de mais de 30 milhões de euros, relacionado aos ganhos com suas ações, de acordo com o jornal Nikkei. A imprensa nipônica informou que a Nissan formou uma equipe "secreta" no início do ano para investigar a má conduta financeira de Ghosn, incluindo a possível destruição de provas, de acordo com a agência de notícias Kyodo News.

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