Construção civil faz avaliação positiva de programa de investimentos do governo

Construção civil faz avaliação positiva de programa de investimentos do governo

Entidade destacou que os efeitos do pacote só serão sentidos a partir de 2016

Agência Brasil

Presidente Dilma Rousseff fez o anúncio das concessões nesta terça-feira

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) avaliou de maneira positiva a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado nesta terça-feira, pelo governo federal. A entidade destacou a necessidade de detalhamento dos critérios que serão utilizados nas concessões, e que os efeitos do pacote só serão sentidos a partir de 2016.

Governo prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões com plano de concessões

Ainda faltam detalhes sobre as garantias exigidas, como serão avaliadas as taxas de risco e os critérios a serem utilizados no julgamento das licitações. “Torcemos para as regras não serem tão restritivas. Mas é certo que qualquer efeito positivo sobre o aumento da atividade e do emprego na construção serão sentidos somente a partir de 2016”, diz a nota divulgada pela entidade.

A nova etapa do Programa de Investimento em Logística prevê a aplicação de um total de R$ 198,4 bilhões em projetos de infraestrutura pela iniciativa privada, como rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

Para as rodovias, serão destinados R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões.

“Em relação às rodovias, o SindusCon-SP entende que a concessão pela menor tarifa é problemática. O ideal seria por outorga - ganha quem oferecer o maior valor por ano de contrato - e tarifa fixa, a exemplo do que ocorreu no estado de São Paulo. Isso proporcionaria mais segurança ao investidor, do que cravar uma tarifa que posteriormente se revelará inexequível”, destaca o texto.

Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões.

A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) também elogiou o programa apresentado, mas cobrou agilidade na liberação de licenças ambientais e autorizações do governo para execução das obras.

“O programa anunciado hoje é algo a ser comemorado pelo país e é mais uma prova da solidez e eficiência da iniciativa privada para desenvolver, operar, ampliar e modernizar
infraestruturas de transporte”, diz a nota.

“É fundamental a continuidade das iniciativas para se garantir celeridade para a liberação de licenças ambientais e autorizações do governo para a execução das obras”.

A entidade cobrou ainda a qualificação técnica das agências reguladoras, condições adequadas de financiamento e a continuidade da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Considerando que concessões são contratos de longo prazo com grande volume de investimento no início do projeto, e recuperação de longa duração, elas só se viabilizam com condições de financiamento adequadas. Neste ponto, a participação do BNDES continuará a ser fundamental”, destaca o sindicato.

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