Construção e crescimento sustentável em debate

Construção e crescimento sustentável em debate

Evento do Sinduscon-RS teve a presença de dirigentes empresariais da construção civil nacional e gaúcha

Correio do Povo

Encontro trouxe temas como desenvolvimento e desempenho do setor

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A Construção representa 50% do investimento da economia, isto significa que o Brasil não cresce de forma sustentável sem um desempenho positivo da construção civil. Esta foi a afirmação da economista da CBIC Ieda Vasconcelos, que encerrou a reunião almoço realizada no Sinduscon-RS nesta segunda-feira sob a coordenação do presidente do Sindicato, Claudio Teitelbaum. O evento contou com dirigentes empresariais da construção civil nacional e gaúcha que analisaram desafios, prioridades, relação do setor com Executivo e o  Legislativo e as perspectivas para a economia e para a atividade da construção civil.

Desde 1º de julho a CBIC está sob o comando de Renato Correia, que tem solenidade de posse oficial marcada para 15 de julho.  Presente na reunião-almoço do Sinduscon-RS, Correia detalhou as prioridades de sua gestão para o triênio 2203/2026, com destaque para projetos como programa de melhoria da segurança empresarial, desenvolvimento da comunicação setorial, reorganização institucional, atração de investimentos e atração política com o poder público do ecossistema e engajamento político das bases. Como grandes desafios a serem enfrentados pela atividade da construção civil citou a falta de previsibilidade de funding imobiliário, a falta de mão de obra especializada e a redução de novos entrantes no mercado de trabalho do setor e a disseminação do tema ESG, desenvolvendo conceitos de compliance, sustentabilidade e governança corporativa. Enfatizou que a construção tem muito a entregar à sociedade. “Somos instrumentos deste país para fazer habitação, saneamento, escola, hospital, creche, estradas, entre tantos outros produtos fins de nossa atividade ”, disse.

O presidente Claudio Teitelbaum, antes de passar a palavra a José Carlos Martins, hoje presidente do Conselho Consultivo da CBIC, prestou uma homenagem pelos nove anos de comando como presidente da Câmara de 2014 até a atual gestão, chamando ao palco os ex-presidentes do Sinduscon-RS para a entrega de uma placa.  José Carlos Martins agradeceu o reconhecimento abordando parte dos seus feitos e reforçando os desafios a serem ainda enfrentados.

O coordenador de Relações Institucionais da CBIC, Luis Henrique Cidade, apresentou a importância da interação do setor, por meio de suas entidades representativas, na Câmara e no Senado. “Tramitam no congresso nacional mais de 40 mil proposições. A CBIC monitora mais de 3 mil. Um movimento complexo e necessário”, salienta Cidade.  Na pauta de prioridades da construção no Congresso destacou a reforma tributária (PEC 45/2019) e o marco legal das garantias (PL 4188/2021). Para ele, o setor tem direito e dever de apresentar os obstáculos que inibem suas contribuições ao crescimento econômico e social do país. “Isso passa por um diálogo constante com os representantes do Congresso nacional”, ressalta.

A economista Ieda Vasconcelos aprofundou-se no cenário da economia nacional e desempenho da construção. Segundo ela, os principais indicadores macroeconômicos nacionais (inflação, juros, PIB, cambio) provocaram uma reflexão de expectativas da economia para patamares mais positivos, devendo superar 2% neste ano. Um cenário inverso acontece com a construção civil que deverá crescer, mas em níveis mais modestos do que projetos no início do ano. Nos primeiros três meses do ano, a construção civil foi um dos setores que apresentou maior retração. Foram fatores determinantes para este baixo desempenho registrado no primeiro trimestre a elevada taxa de juros, demora nas novas condições no programa de habitação de interesse social, queda mais acentuada de lançamentos imobiliários e ciclo muito grande de aperto monetário.  “A queda do setor interferiu negativamente no resultado dos investimentos nos primeiros meses de 2023, o que implica em sinal de alerta quanto a um crescimento sustentável no país”, salientou a economista ao apresentar uma relação entre o crescimento do PIB, do consumo da família e do governo contra uma retração do investimento. “O crescimento de forma sustentável passa pela construção civiL", concluiu.


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