Construção tem 22ª queda consecutiva em julho com menos 31,1 mil vagas

Construção tem 22ª queda consecutiva em julho com menos 31,1 mil vagas

Número de pessoas empregadas recuou 1,13% em relação ao mês de junho, apontou FGV

AE

Setor recuou 1,13% em relação ao mês de junho, apontou FGV

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O segmento de construção civil registrou a 22ª queda consecutiva na quantidade de pessoas empregadas no setor, que vem ocorrendo seguidamente desde outubro de 2014, com 31,1 mil postos de trabalho em julho em todo o País. Com isso, o setor encerrou o mês com 2,73 milhões de pessoas empregadas, uma queda de 1,13% em relação a junho.  

Os dados fazem parte de pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

O desempenho negativo de julho foi puxado pelo estado do Rio de Janeiro, onde houve fechamento de 11,3 mil postos no mês - o equivalente a 36% de todas as vagas cortadas no País. Assim, o estado terminou julho com 286,3 mil pessoas empregadas no setor, baixa de 3,82% em comparação com junho. Esse foi o maior recuo porcentual entre os estados no mês.

O impacto se deve, em parte, pela conclusão das obras para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em todo o Brasil, houve corte de 170,3 mil vagas nos primeiros sete meses de 2016, enquanto em 12 meses o saldo negativo chegou a 468,8 mil empregos.

No geral, a queda do nível de emprego na indústria da construção está diretamente associada a uma conjuntura econômica recessiva, analisa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. "Embora os empresários do setor estejam menos pessimistas em relação ao futuro desempenho das construtoras, a persistência dos juros altos, o desemprego, o declínio da renda das famílias e as restrições à concessão de financiamentos determinam a atual escassez de novos investimentos no setor", afirma, em nota distribuída à imprensa.

Romeu Ferraz cobra do governo federal sinalizações de que prosseguirá buscando reequilibrar as contas públicas sem deixar em segundo plano as medidas prometidas de reativação do setor. Ele reivindica "a manutenção do Programa Minha Casa Minha Vida, o lançamento de 25 novas privatizações, a promessa de retomar 1.600 obras públicas paralisadas e o estudo para elevar o valor dos imóveis financiáveis pelo FGTS constituem uma sinalização positiva".

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