Consumidores deixam compra de ovos de Páscoa para última hora
Supermercados esperam grande procura a partir desta quinta-feira
publicidade
Os consumidores têm optado por chocolates avulsos e nem todos seguem a tradição de fazer o ninho de Páscoa. Os indígenas que vendem cestas no Centro de Porto Alegre estavam decepcionados ontem. O artesão Jonas Farias, de 25 anos, disse que vende, por dia, cerca de 10 unidades de palha. No ano passado, a média era de 20.
O analista de sistemas Eduardo Rego, 38 anos, presenteará os familiares com chocolates comprados em diferentes lugares incluindo lojas de rua e supermercados. O ovo do sobrinho tinha que vir com um brinquedo dentro. Cristina Simoni, de 48 anos, disse que deixou tudo para a última hora. Ela deve gastar cerca de R$ 200,00. “A minha família é grande”, contou.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) avaliou que o aumento do dólar influencia nos preços dos produtos típicos da data. Por isso, a criatividade dos lojistas ajudará o varejo gaúcho a comercializar mais nos próximos dias.
O presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, disse que o momento é de incertezas para a economia. “Entretanto, temos que tirar proveito das dificuldades e criar maneiras de vender mais”, declarou. A previsão é de queda das vendas de ovos de chocolate no Rio Grande do Sul em torno de 3,5% a 5%, em comparação com a Páscoa do ano passado.
Uma pesquisa da Associação Gaúcha para Desenvolvimento (AGV) indicou que 32,9% dos entrevistados pretende presentear cinco ou mais pessoas na Páscoa. Os filhos receberão os presentes de 56,6% dos que participaram do estudo.