Dólar cai 1,73% e fecha no menor valor desde 2 de agosto com exterior e arcabouço

Dólar cai 1,73% e fecha no menor valor desde 2 de agosto com exterior e arcabouço

Moeda encerrou a sessão cotada a R$ 4,8554

AE

Dólar fechou abaixo dos R$ 4,80

publicidade

O dólar à vista aprofundou o ritmo de baixa ao longo da tarde e, após registrar mínima a R$ 4,8519, encerrou a sessão desta quarta-feira, 23, em queda de 1,73%, cotado a R$ 4,8554 - menor valor de fechamento desde 2 de agosto. Foi o segundo pregão consecutivo de perdas firmes da moeda americana, que já acumula recuo de 2,27% na semana. Os ganhos em agosto, que chegaram a se aproximar de 6% quando o taxa de câmbio flertou com os R$ 5,00, agora são de 2,66%.

À aprovação final do arcabouço fiscal por ampla margem na Câmara dos Deputados na terça-feira à noite somou-se nesta quarta um ambiente externo positivo para divisas emergentes, que subiram em bloco na comparação com a moeda americana.

O real liderou o pelotão, ao lado do rand sul-africano e do peso chileno. As taxas dos Treasuries recuaram, com o retorno da T-note de 10 anos voltando a operar abaixo de 4,20%, na esteira de dados abaixo do esperado de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) nos EUA e na Europa. Londres, 23/08/2023 - Na contramão do comportamento dos contratos futuros de petróleo, que fecharam em baixa, as commodities metálicas avançaram.

Por aqui, operadores relataram apetite de estrangeiros por ações, com o Ibovespa em alta superior a 1%, e pressão vendedora no segmento futuro. Após dois dias de giro muito fraco, o contrato de dólar futuro para setembro - principal termômetro do apetite por negócios - movimentou mais de US$ 12 bilhões.

A Câmara aprovou na terça o novo arcabouço, após as mudanças do Senado, com 379 votos a favor e 64 contrários. Deputados mantiveram fora do limite de gastos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e os recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).

Foi retirado do texto pelo relator da matéria, deputado Claudio Cajado (PP-BA), a emenda do Senado que permitia ao governo prever as chamadas despesas condicionadas no Orçamento de 2024. Essa medida, que garante uma folga de R$ 32 bilhões, deve ser incluída no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). A Câmara rejeitou, ainda, a emenda dos senadores que deixaria despesas com ciência e tecnologia fora dos limites fiscais.

Além do arcabouço fiscal, o governo colheu outra vitória nesta quarta no Congresso. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o projeto de lei que retoma o voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) sem alterações relevantes em relação ao texto que saiu da Câmara. Uma das iniciativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para ampliar as receitas e cumprir a metas de resultado primário, o projeto já foi encaminhado ao plenário e pode ser apreciado ainda nesta quarta.

À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial total em agosto (até o dia 18) é positivo em US$ 3,790 bilhões - graças a entrada líquida de US$ 4,156 bilhões via comércio exterior. Houve saída líquida de US$ 366 milhões pelo canal financeiro nesse período.


Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895