Dólar tem nova queda e fecha em R$ 3,71
Cotação é a mais baixa desde 3 de agosto
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Além das eleições, também pesou a queda do dólar no exterior, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixar a previsão para o crescimento da economia mundial. Nos últimos cinco dias úteis, o real foi a moeda que mais se valorizou no mundo, considerando uma lista de 42 divisas de países desenvolvidos e emergentes, segundo levantamento do Banco Fibra.
Apenas em outubro, o dólar já caiu 8,3%. O real chegou a registrar o terceiro pior desempenho ante o dólar no acumulado do ano, com a moeda dos EUA valorizando 25% aqui, atrás somente do peso argentino e da lira turca. Com a melhora recente, a alta do dólar no Brasil em 2018 se reduziu para 12% e o real passou a ter o sétimo pior desempenho. Especialistas em câmbio avaliam que o dólar já caiu demais nos últimos dias e agora atingiu um ponto de suporte em R$ 3,70. Alguns operadores acreditam que, ao menos no segundo turno, se não surgir um fato novo no cenário político, a moeda deve ficar na casa dos R$ 3,70 a R$ 3,80. "Acho que chegou ao piso, considerando que estamos em meio a campanha do segundo turno", avalia a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.
Bovespa
O índice Bovespa perdeu fôlego nesta terça. Ainda assim, oscilou em terreno positivo na maior parte do dia, embora tenha fechado estável, aos 86.087,55 pontos. Os investidores mantiveram o otimismo com a vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) e a formação do Congresso aparentemente mais favorável a uma pauta reformista.
Na análise por ações, o destaque ficou por conta dos papéis de empresas do setor de commodities, estas com influência do mercado internacional. Petrobras ON e PN subiram 1,85% e 0,83%, apoiadas em boa parte pela valorização dos preços do petróleo nas bolsas de Nova York e Londres.