Dólar tem terceira queda seguida; Bolsa cai

Dólar tem terceira queda seguida; Bolsa cai

Moeda norte-americana fecou a R$ 3,78

AE

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O dólar engatou a terceira queda consecutiva nesta terça-feira e já acumula sete dias de baixas nos últimos oito pregões, em meio ao otimismo com o avanço da Previdência e do exterior positivo. Depois de uma primeira parte de negócios de maior otimismo, quando o dólar chegou a recuar para R$ 3,76, com operadores reportando nova entrada de fluxo externo para a bolsa, a parte da tarde foi marcada por maior cautela, com a expectativa do final da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e também pela entrega da proposta de reforma da Previdência dos militares ao Congresso, também prevista para esta quarta-feira. O dólar à vista fechou em queda de 0,06%, cotado em R$ 3,7891.

A moeda americana voltou a se enfraquecer no mercado internacional ante divisas de países desenvolvidos, como a libra, mas operou mista em relação aos emergentes, caindo no México e subindo em outros mercados, como a Turquia. Na parte da tarde, a queda perdeu fôlego, enquanto aumentava a expectativa pela reunião do Fed e também a do Banco Central do Brasil, que começou nesta terça o primeiro encontro sob comando do novo presidente, Roberto Campos Neto.

"O mercado ficou em compasso de espera hoje (terça), pelo Fed e para ver qual a diretriz do novo Copom", disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello. Nos Estados Unidos, a expectativa é ver se o Fed vai manter a postura cautelosa e paciente que vinha sinalizando. Para o encontro daqui, o objetivo é ver se Campos Neto vai sinalizar alguma mudança de direção da política monetária, que pode ter consequências na entrada de dólares no País. Outra expectativa do mercado, disse ele, é pela entrega da proposta de reforma da Previdência dos militares ao Congresso, que deve ocorrer na tarde desta quarta-feira. Mais cedo, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que a proposta dos militares está pronta e só precisa do aval de Jair Bolsonaro, que volta nesta terça à noite dos Estados Unidos após se encontrar com Donald Trump.

Bovespa 

O bom desempenho das ações de empresas de commodities não foi suficiente para garantir nova alta do Índice Bovespa nesta terça-feira, 19, que não teve fôlego para avançar além dos 100 mil pontos no fechamento. O principal índice da B3 chegou a avançar acima desse patamar ao longo do dia, mas perdeu o viés positivo na última hora de negociação e fechou aos 99.588,37 pontos, em baixa de 0,41%. A queda no final do dia coincidiu com a piora das bolsas americanas, mas foi conduzida através das ações do setor financeiro.

Desde cedo, os papéis dos bancos já vinham fazendo contraponto às ações de Petrobras, Vale e siderúrgicas, principais destaques de alta. A queda dos bancos foi atribuída a uma realização de lucros, que ocorreu mesmo com a elevação da perspectiva de rating de nove instituições, anunciada pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.

Segundo Vitor Miziara, sócio da Criteria Investimentos, com a reforma da Previdência no foco, investidores preferiram a cautela, na espera pela apresentação da proposta de reforma da Previdência dos militares, prevista para esta quarta-feira. "A proposta para os militares já será uma bela mostra do início da tramitação da reforma da Previdência, com potencial para tirar parte da gordura (das ações) dos últimos dias", afirmou. No rol das expectativas para quarta-feira estão ainda as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro.

Nos dois casos, o mercado espera sinalizações sobre como serão conduzidas as políticas de juros até o final do ano. A aposta em um corte da taxa Selic em 2019 seria, na visão de alguns analistas, um dos motores das recentes altas do Ibovespa recentemente. Para Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial, a queda do índice teve influência do mercado externo, uma vez que o viés doméstico segue positivo.

Na análise por ações, as quedas do setor financeiro foram lideradas por Itaú Unibanco PN (-2,33%), Bradesco PN (-2,15%) e Banco do Brasil ON (-2,14%). Segundo Figueredo, a expectativa pela reunião do Copom, nesta quarta, pode ter contribuído para a correção, uma vez que parte do mercado espera novo corte da Selic este ano, enquanto outro grupo defende a manutenção da taxa Selic por mais tempo. Na ponta oposta à dos bancos estiveram Vale ON (+2,85%) e Petrobras ON (+1,58%) e PN (+1,60%).

 


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