Dólar volta a fechar abaixo de R$ 4,95 e Bolsa sobe com exterior e arcabouço fiscal

Dólar volta a fechar abaixo de R$ 4,95 e Bolsa sobe com exterior e arcabouço fiscal

Moeda tem valorização de 4,47% no mês de agosto

AE

Moeda norte-americana perdeu fôlego no país

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O dólar à vista experimentou um recuo mais firme na sessão desta terça-feira, voltando a fechar abaixo de R$ 4,95 pela primeira vez desde o último dia 11. Segundo operadores, houve um movimento de realização de lucros e ajuste de posições no mercado futuro, embalado pelo avanço das commodities metálicas, como minério de ferro, e pelo recuo das taxas dos Treasuries de 10 e 30 anos, que na segunda-feira, 21, haviam atingindo o maior nível desde 2007. Apetite por ações locais muito descontadas, que levaram o Ibovespa a subir mais de 1%, e a perspectiva de votação final do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados ainda nesta terça contribuíram para a apreciação do real.

Em queda desde a abertura do pregão e com mínima a R$ 4,9265 pela manhã, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,76%, cotado a R$ 4,9407. Com isso, a moeda passou a apresentar baixa de 0,55% nas duas primeiras sessões desta semana, diminuindo a valorização em agosto, que chegou a se aproximar de 6%, para 4,47%. A liquidez foi mais uma vez reduzida, o que sugere falta de apetite por apostas mais contundentes. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para agosto movimentou menos de US$ 10 bilhões.

"O dólar já subiu bastante no mês e, com essa recuperação de parte das commodities, o mercado ficou mais propício para venda e realização. E também temos uma alta do Ibovespa, provavelmente com entrada de estrangeiro", afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, para quem "tecnicamente" o dólar tem espaço para voltar para o nível de R$ 4,85.

No exterior, o índice DXY avançava no fim da tarde, operando ao redor dos 103,500 pontos, graças aos ganhos do dólar em relação ao euro. Em relação aos principais pares do real, caía ante os pesos chileno e mexicano e o rand sul-africano, mas subia frente ao peso colombiano. Apesar da decepção na segunda-feira com o nível de corte de juros na China, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado em Dailan subiu mais de 4%.

O Ibovespa voltou a ensaiar recuperação nesta terça-feira, em que chegou apenas ao segundo ganho diário deste agosto, mês no qual a B3 tem sofrido com a retração do investidor estrangeiro, segmento que já acumula saques líquidos na casa de R$ 10,6 bilhões no intervalo até a última sexta-feira, 18. Nesta terça, o índice de referência da bolsa brasileira subiu 1,51%, aos 116.156,01 pontos, conseguindo se descolar da cautela que prevaleceu em Nova Iorque (Dow Jones -0,51%, S&P 500 -0,28%, Nasdaq +0,06%), especialmente nas ações de bancos americanos, após rebaixamento da nota de crédito da S&P para instituições financeiras regionais.

No dia, o Ibovespa oscilou dos 114.433,39, mínima que correspondeu à abertura, até os 116.285,57 pontos (+1,62%), com giro financeiro mais uma vez bem fraco, a R$ 20,7 bilhões. Na semana, o índice passa a acumular leve ganho de 0,65%, vindo de perdas ao longo das quatro semanas anteriores. No ano, ainda sobe 5,85%. Com a retomada da linha de 116 mil pontos, o Ibovespa volta ao nível de encerramento em que estava há uma semana, no fechamento do último dia 15, quando chegou à 11ª da série de 13 perdas diárias, a mais longa de que se tem registro na Bolsa, desde 1968. A alta desta terça foi a maior desde 21 de julho (+1,81%).


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