Depósitos em poupança superam saques em R$ 6,09 bilhões em junho
No mesmo mês do ano passado ocorreram saques líquidos de R$ 3,718 bilhões
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Os dois últimos dias do mês (29 e 30), quando geralmente o volume de depósitos sobe em função do pagamento de salários, foram os destaques. Juntos, este dois dias somaram R$ 4,663 bilhões em depósitos na poupança, já descontados os saques.
Em 2015 e 2016, a crise econômica acirrou os saques, com as famílias mais retirando do que colocando recursos na poupança para fazer frente às despesas. Em 2017, o fenômeno voltou a acontecer, com retiradas líquidas em janeiro, fevereiro, março e abril. Em maio e em junho, porém, houve captação líquida. Nestes dois meses, os trabalhadores puderam retirar recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que pode ter contribuído para elevar os depósitos na poupança.
De acordo com o BC, o total de aplicações na poupança em junho foi de R$ 174,539 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 168,449 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 675,348 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,750 bilhões de junho.
No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 12,290 bilhões, resultado de aportes de R$ 1,001 trilhão e retiradas de R$ 1,013 trilhão. Em todo o ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões líquidos saíram da poupança.
Além da influência da crise econômica, a poupança vinha perdendo espaço para outros investimentos, considerados mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 10,25% ao ano.