Depois da Receita, servidores do BC também avaliam pedir exoneração

Depois da Receita, servidores do BC também avaliam pedir exoneração

E-mails e notas serão direcionados ao presidente Campos Neto; se as ações não avançarem, sindicato analisará paralisações 

R7

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Depois da debandada da Receita Federal — mais de 320 servidores pediram exoneração de seus cargos nesta quarta —, os servidores do Banco Central planejam fazer um calendário de mobilização contra a aprovação no Orçamento de 2022  de reajuste salarial somente às carreiras policiais. 

A partir desta quinta-feira (23), serão enviados e-mails e notas direcionados ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cobrando uma resposta da direção sobre um plano de restruturação da carreira. O material também será publicado na intranet do órgão.

Se as ações não surtirem efeito, o presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Fabio Faiad, disse que a categoria vai analisar a entrega de cargos comissionados, a exemplo do que ocorreu na Receita Federal, e eventuais paralisações dos servidores. 

"Os servidores do BC estão chateados porque só os servidores policiais federais foram contemplados. Entendemos que todos merecem. Há servidores que estão há mais de 5 anos sem reajustes e as perdas salariais estão acumulando por conta da inflação", disse Fabio Faiad ao R7.

Reajuste para policiais

Entre os pontos de impasse na votação do Orçamento de 2022 estava o reajuste salarial de policiais federais, rodoviários e de agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

As mudanças no relatório atenderam parcialmente ao pedido do presidente Jair Bolsonaro de reestruturação das carreiras federais de segurança, com a destinação de R$ 1,736 bilhão para a categoria no ano que vem. A sugestão inicial do governo era um total de R$ 2,8 bilhões.

Na segunda versão do relatório, o relator também trouxe a previsão de um incremento de R$ 800 milhões para o reajuste do piso dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias, cujo veto presidencial à recomposição salarial foi derrubado pelo Congresso na semana passada.


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