Desempenho industrial do RS recua 1,8% em setembro, divulga Fiergs
Queda é compartilhada por todos componentes, com destaque para o faturamento real
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O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, avaliou que resultado é devido à crise que o país vive e que levou o IDI-RS ao piso da série histórica, pela terceira vez em cinco meses. “Os números de setembro mostram que, após três anos de recessão, as condições que nos levaram à crise persistem e o processo de retomada deverá ser lento e difícil”, disse.
No acumulado de 2016, frente aos primeiros nove meses do ano anterior, o recuo do IDI-RS alcançou 6,7%. A queda é compartilhada por todos os componentes, com destaque para o faturamento real (-10,9%) e compras industriais (-7,6%). Caíram também as horas trabalhadas na produção (-5,8%) e a UCI (-0,6%). No mercado de trabalho, o emprego teve redução de 8,1%, que se refletiu na massa salarial real (-9,6%). “A recuperação da atividade industrial depende da retomada da demanda interna. A redução do consumo e dos investimentos são reflexos da queda no emprego e da renda, do crédito mais caro e difícil e da elevada ociosidade no setor produtivo”, afirmou o presidente.
A retração da atividade industrial gaúcha no acumulado do ano ocorreu em 15 das 17 atividades abrangidas pela pesquisa. Máquinas e equipamentos (-12,7%) e Veículos automotores (-10,2%) seguem como os principais destaques negativos. Também contribuíram na mesma direção as baixas de Produtos de metal (-11,1%), de Móveis (-14,8%) e de Alimentos (-3,3%).
Em comparação com o mesmo mês de 2015, o IDI-RS atingiu a 31ª queda seguida, 8,1% em setembro. O Índice de Desempenho Industrial é uma publicação mensal cujo objetivo é medir o nível da atividade da indústria de transformação. Os componentes avaliados são Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Utilização da Capacidade Instalada, Compras Totais, Emprego e Massa salarial.