Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre sobe para 11% em setembro
Com o aumento de 7 mil em relação a agosto, o número de pessoas sem trabalho chegou a 211 mil
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Em setembro, o nível ocupacional na RMPA elevou-se em relação ao mês anterior (0,4%) e o contingente foi estimado em 1.705 mil ocupados. Segundo a economista da FEE, Iracema Castelo Branco, o crescimento foi impulsionado pelo aumento da PEA, ou seja, aumento do ingresso de pessoas no mercado de trabalho.
"A ocupação até cresceu, mas foi insuficiente para absorver o crescimento do número de pessoas que procuram uma vaga”, afirmou Iracema Castelo Branco.
Entre julho e agosto de 2016, o rendimento médio real apresentou redução para o total de ocupados (-5,9%), para os assalariados (-5,7,%) e para os trabalhadores autônomos (-7,8%). Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.846, R$ 1.880 e R$ 1.522 respectivamente.
Porto Alegre é a capital com o menor número de desempregados em setembro em relação a outras quatro regiões pesquisadas: São Paulo, Distrito Federal, Salvador e Fortaleza. A cidade baiana teve um aumento no desemprego de 25,5%, contra 18,4% o distrito onde se encontra Brasília, 17,5% da capital paulista e 13,2% da cearense.
Nos últimos 12 meses, aumentou em 14 mil o número de desempregados
Entre setembro de 2015 e setembro de 2016, a taxa de desemprego total na RMPA aumentou de 10,1% para 11,0% da PEA, com um acréscimo de 14 mil de desempregados. Segundo a FEE, o resultado se deve ao fato de a redução do nível de ocupação (menos 45 mil postos de trabalho, ou -2,6%) ter sido superior à saída de pessoas do mercado de trabalho da Região (menos 31 mil, ou -1,6%).
Na comparação de 12 meses, verificou o decréscimo de 2,6% no nível ocupacional. A área mais atingida foi os serviços (menos 55 mil ocupados, ou -5,6%) e no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (menos 7 mil ocupados, ou -2,1%). Por outro lado, aumentaram as contratações na indústria de transformação (mais 19 mil ocupados, ou 6,7%) e na construção (mais 3 mil ocupados, ou 2,5%).
Entre agosto de 2015 e agosto de 2016, houve redução dos rendimentos médios reais dos ocupados (-11,5%), dos assalariados (-7,3%) e dos autônomos (-15,6%).