Desemprego tem menor taxa em 20 anos para setembro na região Metropolitana

Desemprego tem menor taxa em 20 anos para setembro na região Metropolitana

Índice medido pelo Dieese registrou 6,9% no mês passado

Correio do Povo e Agência Brasil

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A taxa de desemprego total apresentou estabilidade em setembro na região Metropolitana de Porto Alegre, mantendo-se em 6,9% da População Economicamente Ativa (PEA). O percentual é o menor assinalado para o mês desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), em 1992. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quarta-feira.

Informações captadas pela PED mostram redução do nível ocupacional e estabilidade da taxa de desemprego, em função da redução da PEA em setembro na região. O rendimento médio real do total de ocupados referente ao mês de agosto registrou retração, o que ocorreu também para o grupo de assalariados. Para os autônomos observou-se pequena variação positiva.

O número total de desempregados foi estimado em 131 mil pessoas, apenas mil a menos do que no mês anterior. Esse resultado ocorreu pela saída de 14 mil pessoas da força de trabalho, concomitante ao decréscimo de 13 mil pessoas no contingente de ocupados. A combinação de redução na PEA e no contingente de ocupados ocorre pelo segundo mês consecutivo. A taxa de participação, no período, passou de 57,3% para 56,8%.

Em setembro, o nível ocupacional na região apresentou retração (-0,7%). O total de ocupados foi estimado em 1.770 mil, 13 mil pessoas a menos do que no mês anterior. Com referência aos principais setores de atividade econômica analisados, constatou-se retração do nível ocupacional principalmente na indústria de transformação (-3,3%), com a redução de 10 mil ocupados, seguido de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,8%), com o diminuição de 3 mil ocupados e do setor serviços (-0,2%), com menos 2 mil ocupados. Em sentido contrário, na construção ocorreu variação positiva no nível ocupacional (0,8%), com mais mil ocupados.

Segundo a posição na ocupação, houve decréscimo no emprego assalariado (-0,4%; diminuição de 5 mil empregos). No âmbito do setor privado, houve relativa estabilidade (0,1%; 1 mil pessoas). Esse comportamento observou-se também entre os assalariados sem carteira assinada (0,8%; mais 1 mil empregos). Entre os assalariados com carteira assinada manteve-se o mesmo número de ocupados.

O setor público, no entanto, apresentou redução da ocupação (-3,1%; menos 7 mil ocupados). Nas outras formas de inserção, destaca-se o agregado demais posições, que engloba empregadores, profissionais universitários autônomos, donos de negócio familiar, etc, o qual registrou redução de 4,1% (menos 7 mil ocupados). Entre os trabalhadores autônomos ocorreu relativa estabilidade (-0,4%; menos 1 mil), enquanto no emprego doméstico, observou-se estabilidade em 96 mil ocupados.

Em agosto, o rendimento médio real do total de ocupados teve queda de 2,1%, enquanto para os assalariados a redução foi de 2,0%. Destaca-se ainda que houve variação positiva do rendimento para os trabalhadores autônomos (0,3%). Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.517, R$ 1.503 e a R$ 1.430 respectivamente.

Em agosto, a massa de rendimentos reais registrou redução tanto para os ocupados (-2,6%) quanto para os assalariados (-3,0%). Em ambos os casos, o comportamento da massa de rendimentos deveu-se principalmente à queda do rendimento médio.

Entre setembro de 2011 e setembro de 2012, a taxa de desemprego total reduziu-se de 7,7% para 6,9% da PEA. Esse resultado refletiu um recuo de 6,3% na taxa de desemprego aberto. A amostra é insuficiente para calcular a variação da taxa de desemprego oculto.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 18 mil pessoas. Esse resultado deveu-se à saída de 32 mil pessoas da PEA, uma vez que o contingente de ocupados diminuiu em 14 mil indivíduos. A taxa de participação, por sua vez, passou de 58,0% para 56,8% no mesmo período.

Nos últimos 12 meses, observou-se redução de 0,8% no nível ocupacional, movimento em sentido inverso ao observado no mesmo mês do ano anterior, nessa base de comparação . Tal resultado deveu-se à retração ocorrida na indústria de transformação (-25 mil pessoas) e no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-13 mil pessoas), tendo ocorrido relativa estabilidade na construção (1 mil) e crescimento nos serviços (25 mil).

De acordo com a posição na ocupação, nos últimos 12 meses a retração do contingente de ocupados deveu-se principalmente à redução de 20 mil pessoas no total de assalariados no setor privado. Esse movimento resultou da redução de 16 mil empregos com carteira assinada e de 4 mil sem carteira.

Também se registraram retrações para os empregados domésticos (-7 mil) e nas demais posições (-4 mil). Entre os autônomos observou-se acréscimo de 10 mil e no setor público, de 7 mil.

Entre agosto de 2011 e agosto de 2012, o rendimento médio real apresentou variação negativa de 0,3% para o total dos ocupados e acréscimo de 0,7% para o segmento dos assalariados. Entre os autônomos, o incremento do rendimento médio real foi de 11,1%, no período.

Nesse mesmo período, a massa de rendimentos reais variou positivamente em 0,6% para os ocupados e 0,8% para os assalariados. Para o total de ocupados o comportamento positivo foi determinado pelo crescimento do emprego, enquanto para os assalariados ocorreu variação positiva tanto no emprego, quanto no
salário real.

Desemprego volta a ficar estável e registra 10,9% em setembro


A taxa de desemprego voltou a ficar relativamente estável no mês de setembro no País, aponta levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) revela que a taxa passou de 11,1% em agosto para 10,9% no último mês, em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal. Na apuração de agosto, o índice havia registrado leve alta, passando de 10,7%, em julho, para 11,1%, interrompendo quatro meses de relativa estabilidade.

Em setembro, o nível de ocupação teve leve aumento de 0,4%. Foram criados 82 mil postos de trabalho, o que supera o contingente de pessoas que ingressaram na força de trabalho. A População Economicamente Ativa (PEA) nesse período foi contabilizada em 22,526 milhões, um incremento de 40 mil pessoas na comparação com agosto. Houve redução, portanto, do número de desempregados, passando de 2,487 milhões em agosto para 2,445 milhões no último mês.

Entre as regiões metropolitanas analisadas, a taxa de desemprego apresentou comportamento diferenciado. Foi registrada pequena elevação apenas no Recife, passando de 12,3% para 12,6%. Houve redução no Distrito Federal (de 12,6% para 11,9%), Fortaleza (de 9,4% para 8,7%) e São Paulo (de 11,6% para 11,3%). Em Belo Horizonte (de 5,2% para 5,1%) e Salvador (de 18,8% para 19%), a taxa manteve-se relativamente estável.

Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no País. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes devido aos conceitos e metodologia usados.

Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A PED, feita pelo Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o número de desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, não inclui Fortaleza e Distrito Federal.

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