Dia dos Pais deve movimentar R$ 5,3 bilhões em todo o Brasil

Dia dos Pais deve movimentar R$ 5,3 bilhões em todo o Brasil

Pesquisa aponta crescimento em relação a 2013, mas baixo no comparativo a outros anos

Agência Brasil

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Pesquisa feita com mil consumidores em 70 municípios do país, pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) em parceria com o Instituto Ipsos, projeta um aporte de R$ 5,3 bilhões na economia, por conta do Dia dos Pais. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira, com os cálculos das compras de presentes em celebração do dia 10 de agosto.

É uma projeção mais otimista do que a divulgada na véspera pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que estima movimentação em torno de R$ 4,4 bilhões no varejo. Apesar do crescimento de 4,3% nas vendas, em relação ao ano passado, será a evolução mais fraca de vendas para o Dia dos Pais nos últimos dez anos, segundo a CNC.

De acordo com a Fecomércio-RJ, a procura por roupas lidera a preferência nacional para presentes, com 43,4% das intenções, seguindo-se perfumes e cosméticos, com 15,2%. Em relação ao ano passado, a sondagem mostra, entretanto, redução no percentual de brasileiros que pretendem presentear alguém na data. Em 2013, a taxa atingiu 42,1% dos entrevistados, e caiu agora para 31,2%, ou o equivalente a 45,2 milhões de brasileiros.

O economista Christian Travassos, da Fecomércio-RJ, disse que embora o Dia dos Pais seja uma das principais datas para o comércio, depois do Dia das Mães e do Natal, o consumidor está mais cauteloso, “vivendo um momento de pisada no freio”. Ele disse que a economia não apresenta ritmo de crescimento consistente, e o mesmo ocorre na ponta da produção, na indústria, que ainda está hesitante, “em banho-maria”.

Isso explica, em parte, a queda na intenção de presentear os pais, porque se insere no contexto de incerteza vigente na economia, “que permeia as atuais análises econômicas, não só do Dia dos Pais”, destacou. “A gente vê isso na Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A gente percebe também acomodação na geração de empregos, e até um recuo em relação a períodos anteriores”, salientou.

Segundo Travassos, o freio nos gastos, demonstrado pelo consumidor brasileiro, não está ligado ao fato de ele estar mais inadimplente; significa que ele está mais consciente em relação à sua renda, ao impacto da inflação: “Ele está mais cauteloso”. A perspectiva para 2015, acrescentou, é que esse momento mais difícil passe, “em função de o governo ter tomado medidas para reverter isso e para que a economia reaja, principalmente na ponta da indústria”.


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