Dieese divulga balanço de negociação coletiva
Negociações salariais realizadas em 2013 revelam que 97% das convenções coletivas de trabalho resultaram em ganho real para os trabalhadores
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O resultado observado foi superior ao ano anterior quando 95,5% das categorias conseguiram ganho real. Segundo Franzoi, 18% das negociações resultaram em aumento de até um ponto percentual, 63% entre um e dois, 15% entre dois e três e 1% acima de três pontos percentuais.
Em 2013, a concentração dos ganhos salariais (63%) ficou na faixa de 1,01 a dois pontos percentuais acima da inflação, enquanto em 2012 a maior parte (40%) localizou-se na faixa superior de 2,01 a três pontos percentuais acima do INPC/IBGE. A participação dos acordos acima de 3,1% da inflação também diminuiu em 2013, passando para 1% dos acordos frente aos 3% verificados em 2012.
Segundo Daniela, quanto à distribuição das negociações, a indústria é responsável por 61,2% das informações, seguida do comércio com 22,4% e 16,4% do setor de serviços. O maior aumento real registrado na pesquisa foi observado em uma unidade de negociação do setor da indústria com ganho de 3,33% acima da inflação, seguido por uma negociação do setor de serviços que conquistou 2,59%. Para o conjunto dos setores, o ganho real médio das negociações salariais gaúchas foi de 1,42% em 2013, resultado inferior ao verificado em 2012 (1,85%).
Para Franzoi, os fatores que contribuíram para o resultado de 2013 foi a manutenção do desemprego no seu menor patamar e o crescimento da economia gaúcha de 5,8% do PIB. O maior patamar de inflação ocorreu no 1º semestre quando da negociação de categorias do setor industrial, com grande poder de mobilização. Contribuíram também para o resultado a safra agrícola gaúcha que obteve crescimento de 58,3% em 2013, o crescimento da produção industrial física no Estado em 2013 que atingiu 6,8% e o crescimento do volume de vendas no varejo no Rio Grande do Sul em 2013 que foi de 6,4%.