Donos de lojas em frente à fábrica de Parobé podem encerrar atividades

Donos de lojas em frente à fábrica de Parobé podem encerrar atividades

Segundo comerciantes, 90% do lucro dos estabelecimentos vinham da Azaleia<br /><br /><br /><br />

Luciamem Winck / Correio do Povo

Elio Kohlrausch, dono de lancheria, disse que ainda está assimilando o golpe

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Os proprietários dos cerca de 20 estabelecimentos comerciais em frente à fábrica da Azaleia, na rua Mário Mosmann, no Centro de Parobé, lamentaram as 840 demissões na linha de produção, anunciadas ontem. Eles calculam que 90% do lucro das lojas vinham da fábrica e alguns pensam em encerrar as atividades. Na rua, há lancherias, confeitarias, bazares, restaurante, farmácia e minimercado.

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Elio Kohlrausch, de 57 anos, abriu a lancheria Sabor & Cia há dez anos. Ele paga um aluguel de R$ 570 e acredita que a tendência é fechar o estabelecimento comercial. “Ainda estou assimilando o golpe. Eles (os funcionários) não tinham vínculo de clientes, mas de amigos." Sua perna esquerda foi amputada após um acidente e, segundo Kohlrausch, “a Azaleia acaba de tirar a direita”.

Para Jaque Martins, de 37 anos, dona de uma loja de roupas há seis anos, a notícia da demissão em massa foi uma surpresa. “Caiu como uma bomba, ninguém esperava por isso”, relatou. “Meu barco afundou junto com o deles.” Jaque paga um aluguel de R$ 500 e trabalhou na fábrica por mais de oito anos, como costureira. Pela manhã, ela chorava com funcionários demitidos que foram se despedir.

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