Economistas recomendam usar 13º salário para quitar dívidas
Primeira parcela será paga até 30 de novembro
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"A categoria dos comerciários, por exemplo, tem mais de 600 mil pessoas. Situam-se na faixa entre um e dois mínimos por mês. Os assalariados rurais formam outro contingente de mais de 80 mil pessoas, na mesma situação, e há outro universo de trabalhadores terceirizados em serviços gerais, com renda ainda menor, nas faixas do piso regional, abaixo de R$ 800", ilustra Franzoi.
Para quem está no outro lado da esfera salarial as orientações são diversificadas. Consultor da Faculdade Decision/FGV, o economista Antonio Carlos Fraquelli didaticamente recomenda, em primeiro lugar, o fim de eventuais dívidas. Depois, alerta para a importância do planejamento da transição do fim de ano (gastos de dezembro, janeiro e fevereiro com matrículas e volta às aulas). Nas compras, Fraquelli acha necessário muita atenção às taxas de juros praticadas pelos bancos. Na avaliação do consultor, igual comportamento deve ser adotado em relação aos preços das lojas. Dezembro é o mês do ano com maior variação de valor de um mesmo produto de um estabelecimento para o outro.
Consultor dá dicas aos assalariados
Consultor em finanças pessoais, o economista Alfredo Meneghetti Neto avalia o destino do 13º salário sob três pontos de vista. O primeiro é o dos endividados. Para os casos mais sérios, Meneghetti sugere o diálogo com os credores.
Há fóruns oficiais para esse processo. São as centrais de negociação ou conciliação do poder Judiciário. Estes centros atuam em várias cidades. Segundo o economista é forte e negativo o reflexo do endividamento da população na dinâmica dos negócios e na produção. O melhor exemplo é quando há frustração de safra agrícola ou quebra de empresa.
Outro grupo é o dos assalariados equilibrados. Para esses, a melhor forma de manter o poder do 13, conforme Meneghetti, é dar preferência às compras à vista. Mas é também importante antecipar compras inevitáveis. Dentro de um mês, os preços estarão mais altos se houver procura intensa de determinado produto. Aos sem dívidas ou necessidade de compras, o melhor investimento é a compra de títulos públicos federais, como Letras do Tesouro ou Notas do Tesouro. Com R$ 10 mil é possível adquirir de oito a 10 papéis - o valor unitário varia de R$ 800,00 a R$ 1,2 mil.
As alternativas de menor custo, finaliza, são a poupança (0,5% de rentabilidade ao mês) e CDBs (0,6% líquidos ao mês). Fora isso, há o mercado de ações e seus riscos.