Após danos com cheia, empreendedores procuram inovar
Fábrica de alfajores Odara foi uma das que precisou se reinventar

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A enchente registrada em maio do ano passado, paralisou mais de 60% de empresas gaúchas consultadas pela Fiergs após a inundação. No trabalho de reconstrução, a maioria delas precisou se reinventar, como a fábrica de alfajores Odara. Por causa das chuvas, a produção ficou parada por dois meses e resultou em um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões. Apesar disso, a marca de Porto Alegre conseguiu um crescimento de 19% no faturamento em 2024 e projeta uma alta de mais de 60%, alcançando R$ 30 milhões, em 2025.
Dentre as estratégias compartilhadas pelo diretor comercial e fundador da empresa, Jeison Scheid, está a inovação. “Nosso compromisso é sempre inovar e surpreender os consumidores, mantendo a qualidade e o sabor que nos tornaram referência no mercado”, disse. Um dos diferenciais é que parte da produção ainda é artesanal. São utilizadas máquinas, mas há trabalho manual em partes do processo.
Scheid iniciou o projeto em 2013, quando morava em Santa Catarina, vendendo na beira da praia da Ferrugem. Depois disso, conheceu seu atual sócio, Kauê Bohrer, com quem deu início à profissionalização da marca, que tem fábrica no bairro Sarandi, em Porto Alegre, e comercializa para outros estados.
Hoje a unidade permite produzir 10 mil alfajores por hora e o catálogo conta sabores clássicos, recheados com doce de leite e uma linha de crocantes, com diferença na textura da bolacha e nos recheios de avelã, paçoca e leite em pó.