Dermocosméticos auxiliam pacientes em tratamento contra o câncer e outras doenças

Ao observarem os problemas cutâneos provocados por tratamento de saúde, os farmacêuticos Patrícia Benvenutti e Luciano Borges criaram a Alora, especializada em produtos que promovem conforto para a pele e a mucosa oral, bem-estar e autocuidado, com um impacto socioambiental positivo. Pesquisando o mercado, eles perceberam uma lacuna na oferta de cosméticos específicos para essas demandas.

Os profissionais consideraram para realizar as fórmulas dos cosméticos os dados apontados por pesquisas e estudos clínicos, os quais mostram que boa parte de pacientes submetidos a radioterapia ou quimioterapia experimentam alguma alteração dermatológica ou mucosite. Foram lançados três produtos: Oral Plus, Vita Derma Plus e Vita Derma, todos sem corantes, perfumes, parabenos e álcool, ou demais substâncias agressivas para a pele.

“A Alora quer se tornar uma aliada essencial para pacientes e profissionais de saúde, proporcionando conforto e qualidade de vida durante o tratamento”, explica Patrícia, lembrando que a empresa tem como público-alvo quem está em tratamento oncológico, mas os itens também podem ser utilizados por qualquer pessoa que precise de cuidados dermatológicos, como pacientes diabéticos, com psoríase, entre outros. “A expectativa de faturamento no primeiro ano da empresa é de R$1,1 milhão e esperamos superar os R$ 3 milhões em 2026”, afirma.

Confira trechos da entrevista com a farmacêutica Patrícia Benvenutti, uma das fundadoras da marca

Correio do Povo: Como é o processo de produção dos produtos? Quantas pessoas trabalham na equipe da Alora?

Patrícia Benvenutti: Todos os nossos produtos possuem um processo de industrialização e desta forma uma equipe qualificada e dedicada na produção de cada etapa dos produtos até chegar no consumidor final. Nossos produtos podem ser adquiridos por qualquer pessoa em todo o país através do e-commerce ou whats app.

CP: Como tem sido o retorno com os produtos?

PB: Estamos muito felizes com tantos feedbacks positivos de pacientes que tiveram resultados maravilhosos, pacientes que conseguiram retomar suas rotinas as quais estavam prejudicadas por conta das reações na pele como ressecamento, vermelhidão, feridas na pele e feridas na boca.

CP: Pode contar um pouquinho mais sobre vocês? Quem são e de onde são, há quanto tempo trabalham no ramo etc.

PB: Eu sou farmacêutica oncológica, tenho 46 anos, natural de Vacaria, interior do RS. Sou especialista em farmácia hospitalar e mestre em química. Trabalhei por mais de 15 anos dentro de hospitais com oncologia vivenciando na prática o grande desafio do tratamento oncológico. Luciano, meu esposo, 50 anos, também é farmacêutico, natural de Vacaria, possui uma vasta experiência com desenvolvimento de cosméticos e dermocosméticos, assim juntos, com a expertise de cada um, a Alora nasceu.

CP: Por que tratamentos contra o câncer afetam a pele?

PB: Os tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, funcionam atacando as células cancerígenas. No entanto, esses tratamentos também podem afetar células saudáveis do corpo, incluindo as células da pele. Como resultado, a pele pode sofrer danos e apresentar efeitos colaterais, como ressecamento, irritação e mudanças na pigmentação.

Programa de capacitação e mentoria

O programa de capacitação e mentoria para empreendedores Gerdau Transforma está com inscrições abertas até 5 de maio para a edição “Mulheres que inspiram”. As aulas ocorrem entre 6 e 10 de maio e são gratuitas, voltadas para mulheres que já possuem um negócio ou tenham o sonho de empreender. Para mais informações, acesse o link.

Sucesso de Mulheres

O Instituto Caldeira fechou parceria com o PUSH, voltado para ao empreendedorismo feminino e mercado de trabalho. Por meio do plano Membership PUSH, 20 mulheres poderão ser membros do Caldeira com condições especiais, se beneficiando das atividades que ocorrem no hub. Mais detalhes no site.