A argentina Luciana Firpo sempre teve as artes como parte da vida, mas foi aos 40 anos que decidiu se profissionalizar e transformar a cerâmica em trajetória. Formada em artes pela Feevale, a ceramista uniu a prática à pesquisa acadêmica, criando uma técnica própria de transferência de imagens para a cerâmica.
O que começou como experimentação abriu portas para que ela pudesse oferecer aulas, oficinas e cursos ministrados em diversas cidades do Brasil. A vontade de ensinar e de ter seu próprio ateliê veio depois de ela ser convidada para dar aulas durante a graduação. Hoje, Luciana tem um ateliê no Centro Cultural Vila Flores, onde recebe turmas semanais de iniciantes e de alunos com mais experiência na cerâmica. De forma parecida, surgiu o projeto do “forninho”, um pequeno forno artesanal criado por ela a partir de latões reciclados para queima de peças de cerâmica utilizando carvão. O sucesso da invenção fez com que a artista passasse a dar também cursos ensinando as pessoas a produzirem os seus próprios “forninhos”.
Entre desafios do empreendedorismo, ela aponta a necessidade de exercer todas as funções ao mesmo tempo, incluindo a parte financeira e a divulgação. Apesar disso, ela se sente realizada. “Encontrei meu lugar no mundo com a cerâmica, viajando e ensinando”, enfatiza.