Empresa fará estudo de exploração de carvão sustentável em Candiota

Empresa fará estudo de exploração de carvão sustentável em Candiota

Synthesis Energy Systems busca viabilidade para garantir instalação de uma usina de gaseificação do mineral

Karina Reif / Correio do Povo

Governador Tarso Genro durante assinatura de memorando com a Synthesis Energy Systems Inc. (SES) e a Empresa Vamtec S/A

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Um estudo para a exploração de carvão de forma sustentável deve ocorrer nos próximos 12 meses e garantir a instalação de uma usina de gaseificação do mineral em Candiota, na região da Campanha, até o início de 2017. A empresa norte-americana Synthesis Energy Systems (SES) e a representante no Brasil Vamtec S/A assinaram nesta quarta-feira, no Palácio Piratini, um memorando de entendimento para pesquisa de viabilidade técnica, econômica e ambiental.

O investimento nesta primeira fase de avaliação deverá ser de 4 milhões de dólares, mas pode chegar a 450 milhões de dólares, quando for confirmada a planta. O presidente executivo da Vantec S/A, José Roberto Varella, explicou que ainda não está definido o modelo, mas ele acredita no tipo misto para suprir as demandas sazonais do país. Caso se opte pela geração de energia elétrica, os valores da implantação ficam entre 180 e 200 milhões de dólares. Já o tipo carboquímico chega a 450 milhões de dólares.

A produção anual prevista de metanol é de 300 mil toneladas. “Hoje são importadas 750 mil toneladas. Então, temos um mercado muito grande”, definiu Varella. “A ideia é aproveitar a infraestrutura existe da fase A e B de Candiota. Essas plantas já estão interligadas com o sistema elétrico”, informou.

O governador Tarso Genro espera que a empresa assine, ao final dos 12 meses previstos de estudo, o protocolo de instalação. “O Rio Grande do Sul está passando por um ciclo muito importante nesse processo de desenvolvimento e sustentabilidade”, ressaltou. A diretora global da Synthesis Energy Systems, Alma Rodarte, também participou do ato de assinatura.

O contato com a empresa começou em uma missão do governo à China em 2013, país que produz energia a partir de um carvão muito semelhante ao existente no Estado, segundo o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, que coordena o Grupo de Trabalho da Carboquímica, criado em março. “Temos essa riqueza fabulosa que, por motivos ambientais, ainda não era explorada”, observou. “É um passo enorme na área do desenvolvimento”, destacou, lembrando da importância para a economia gaúcha, principalmente na região de Candiota.

O setor produtivo industrial comemorou a perspectiva de exploração do mineral. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, disse que com as novas tecnologias o Estado poderá gerar gás e energia, cuja boa parte é comprada de fora. “Isso é um risco muito grande não só para a sociedade, mas também para as nossas indústrias. Indústrias sem energia elétrica não funcionam”, declarou. “Nós finalmente vamos recuperar o adormecido carvão mineral que temos em torno de 30 bilhões de toneladas enterradas”, disse.

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