Empresas da economia criativa do RS terão linha especial de crédito do BRDE

Empresas da economia criativa do RS terão linha especial de crédito do BRDE

Oferta é voltada a pequenas e médias empresas responsáveis por cerca de 130 mil empregos formais antes da chegada da pandemia

Sidney de Jesus

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Em cerimônia realizada por meio de videoconferência, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciou nesta quinta-feira, 14, uma linha especial de  financiamento  a  juros reduzidos para  empresas da economia criativa do Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 130 mil empregos formais antes da chegada da pandemia.  As micro e pequenas empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano poderão solicitar  crédito de até R$ 200 mil. Já as demais empresas podem ter financiamento de  até R$ 1,5 milhão. Além da oferta de crédito, às  empresas do setor ou  grupo econômico terão um capital de giro limitado a 20% do faturamento bruto do exercício anterior .

Durante o anúncio, a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos destacou a preocupação do governo em proteger as empresas da economia criativa em razão das dificuldades enfrentadas diante da pandemia da Covid 19. " A oferta se soma a outras ações já adotadas pelo governo para auxiliar  os diferentes setores a enfrentar as restrições impostas pela Covid-19 e, desta maneira, está alinhado com o eixo promoção e investimento voltado à recuperação da atividade econômica no RS", destacou.

A diretora-presidente do BRDE ressaltou ainda, que  a linha de financiamento está no escopo do programa Recupera Sul, lançado pelo banco ainda no ano passado para socorrer os setores mais afetados pela pandemia. "Além de crédito para capital de giro das empresas e a possibilidade de oferta para investimento no pós-pandemia, com prazos diferenciados e análise de acordo com a demanda, a linha do BRDE para a economia criativa vem acompanhada de uma nova diretriz", destacou Leany Lemos, lembrando que o banco vai  oferecer treinamento e orientações para acessar o crédito e ajudar no planejamento e na organização das empresas.

Carteira expressiva 

Entre abril e o final de 2020, o BRDE concretizou 223 operações de crédito no programa Recupera Sul, considerando somente os financiamentos de valores inferiores ao usualmente praticado, entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, chegando ao total de R$ 40 milhões. No âmbito da economia criativa foram já realizadas 60 operações de crédito no volume de R$ 7,6 milhões, com valor médio de R$ 127 mil.

"Sabendo do impacto econômico, do potencial em geração de empego e da forte conexão com os novos tempos, o incentivo à economia criativa já estava no nosso planejamento de governo. Diante do grave quadro sanitário, que impactou fortemente o setor, buscamos construir soluções",  enfatizou o governador do RS, Eduardo Leite, que destacou que o governo já possui uma carteira de opções bastante expressiva, como editais da Lei Aldir Blanc, programa RS TER e oferta de microcrédito. "Mas também demandamos o esforço  do BRDE, um banco público focado no desenvolvimento e com vocação para atender ao interesse maior da sociedade, o que se concretiza nessa linha de financiamento", ressaltou o governador, durante a videoconferência.

Em outra frente, o governo gaúcho já efetuou repasses de R$ 26,6 milhões por meio de editais e R$ 1,6 milhão em renda básica, viabilizados pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. E, ainda em janeiro deste ano, R$ 46,1 milhões serão disponibilizados em três editais por meio de parcerias com entidades culturais.

"A linha de financiamento é uma ação do banco que vai contribuir com os objetivos do eixo Promoção e Investimento, do RS Criativo, e direcionada aos empreendedores. Seja para estabelecer capital de giro, ou para reduzir o impacto negativo da pandemia,  trata-se de um mecanismo com acesso facilitado e condições atraentes, contribuindo para fomentar a economia criativa e ampliar sua importância na cadeia produtiva do Rio Grande do Sul, fortalecendo o setor cultural”, afirmou a secretária da Cultura, Beatriz Araújo.

Investimentos em cultura 

A secretária destacou ainda o crescimento na atual gestão em termos de investimentos no Sistema Pró-Cultura com o objetivo de mitigar o impacto da pandemia na produção cultural. "Com essa medida, foi possível alcançar a cifra de R$ 50 milhões investidos até dezembro de 2020 - R$ 10 milhões via Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e R$ 40 milhões via Lei de Incentivo à Cultura (LIC)", revelou, lembrando que a previsão de investimentos no Pró-Cultura para 2021 é de R$ 55 milhões.

O anúncio contou ainda com as seguintes participações: secretária de Trabalho e Assistência Social, Regina Becker; secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rodrigo Lorenzoni; secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mauro Hauschild; diretor de Planejamento do BRDE, Luiz Corrêa Noronha; superintendente da Agência de Porto Alegre do banco, Paulo Raffin; adido Cultural do RS em 2020, cantor e compositor César Oliveira; além de deputados estaduais, e  representantes do BRDE e de setores culturais.

Quem pode buscar o financiamento

• Micro, pequenas e médias empresas de setores da economia criativa com sede no RS.
• Microempreendedores individuais (MEIs) poderão ser contemplados em linhas específicas do banco, como o Microcrédito BRDE, ou através dos parceiros operacionais do banco.
Valores máximos
• Capital de giro limitado a 20% do faturamento bruto do exercício anterior da empresa ou do grupo econômico;
• Micro e pequenas empresas (faturamento até R$ 4,8 milhões por ano): até R$ 200 mil;
• Demais empresas: até R$ 1,5 milhão;
Observação: poderão ser avaliados valores maiores conforme demanda específica, mas sem a utilização do Relatório Simplificado.

Prazos do financiamento

• Prazo total de até 60 meses (inclusos até 24 meses de carência)
• Pagamento de juros trimestrais durante a carência. Após, pagamentos mensais (Sistema SAC);
• Custo da taxa Selic, mais juro entre 4% e 6% ao ano;
Como solicitar o financiamento
• Solicitação de financiamento poderá ser via site do Banco ou pelo e-mail brdepoa@brde.com.br


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