Empresas fazem estudos para criação de trem ligando Porto Alegre a Gramado

Empresas fazem estudos para criação de trem ligando Porto Alegre a Gramado

Trexpresso teria capacidade para cerca de 250 passageiros e viagem duraria 1 hora

Correio do Povo

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A proposta de um novo transporte para ligar Porto Alegre a Gramado, na Serra, foi tema de reunião nesta quinta-feira na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com a participação das pastas de Logística e Transporte e Meio Ambiente e Infraestrutura. Projeto da iniciativa privada, a ideia é que os 84 quilômetros que separam as duas localidades sejam percorridos por um trexpresso com capacidade para cerca de 250 passageiros. A viagem é estimada de 1 hora. Solução atenderia a alta demanda turística na região, que registra congestionamentos diários na BR-116 e nos centros de Gramado e Canela. A projeção é de que o fluxo de 1 milhão de usuários por ano em cada trecho.

As empresas responsáveis pela proposta – RG2E Engenharia Consultiva, STE Engenharia e BF Capital e SulTrens – detalharam os passos legais e estruturais para a implementação do modelo. Os estudos de demanda, de turismo, de engenharia e de topografia da região foram apresentados durante a reunião.

As três opções de trajetos passam pelas áreas rurais, sendo o ponto de partida o entorno do Aeroporto Internacional Salgado Filho, o que facilitaria a chegada de turistas de outros estados e de fora do Brasil. Entre os desafios do projeto, está a questão logística, pelas características geográficas da Serra. Contudo, as empresas explicaram que conhecem a tecnologia necessária para percorrer o trajeto, lembrando que, nos anos 1960, já houve uma ferrovia que ligava Porto Alegre a Gramado e que hoje a engenharia está muito mais avançada. Temas relacionados à segurança também foram abordados, com a exemplificação da sinalização de cruzamentos.

O titular da Sedec, Ernani Polo, manifestou confiança quanto à viabilidade do projeto, ressaltando que a ideia tem o apoio do governo do Estado. "Estamos falando de uma região cuja demanda turística cresce cada vez mais, com novas atrações surgindo e valorizando o município. Em qualquer lugar desenvolvido, o transporte ferroviário é uma realidade. Seria ótimo para o Estado ter essa opção, que não só atrairia mais turistas, mas também novos investidores", disse. Sobre as etapas futuras, Polo explicou que, na próxima semana, será feita uma reunião para avaliação interna do material apresentado com as secretárias que precisam estar envolvidas no projeto. Posteriormente, será falado com os municípios que serão impactados pela passagem do transporte.

O secretário de Logística e Transporte, Juvir Costella, falou sobre o grande desafio que o projeto representa e destacou a importância do Estado estar envolvido em todas as etapas. “Vamos fazer o necessário para o Estado ser parceiro em uma proposta desta magnitude. Vamos trabalhar objetivamente, traçando qual o próximo passo, para cada área pegar sua incumbência", pontuou.

“É um projeto importante para o Rio Grande do Sul que vai colaborar para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e vamos contribuir para que se estruture com responsabilidade sustentabilidade”, reforçou o adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli Rosa.

Sobre a importância do projeto para a economia do Rio Grande do Sul, o administrador da SulTrens, Renato Grillo Ely, disse: “Um dos vetores importantes do desenvolvimento do Estado é o turismo na Serra. As obras civis e a engenharia geram emprego aqui no RS. Também há a possibilidade muito concreta do trem ser produzido em uma empresa de Caxias do Sul.”

Em relação ao cronograma, Elly tem uma agenda bem estruturada. “Estamos trabalhando com a premissa de que nos próximos 4 ou 5 meses o projeto venha a ser aprovado pelo governo estadual e nós iniciaremos os estudos ambientais e o detalhamento de projeto de imediato, em 2027 e 2028, a conclusão de todo o processo de engenharia e, no final do sétimo ano, em 2031, já estaria operando”, explicou.

Próximas etapas

Os passos do processo são: licença prévia, de instalação, implementação do empreendimento e, por fim, a licença de operação. A construção está prevista em três lotes. O primeiro de Porto Alegre até Nova Hartz, o segundo de Nova Hartz até Três Coroas e, o terceiro, de Três Coroas até Gramado. Com o fim desta etapa, será feita uma fase experimental e, com a licença de operação emitida, o trem começará a funcionar. investimento para viabilização do projeto estima implementação integram com recursos provador, sem aporte público. A incrementação da receita com empreendimentos imobiliários no entorno está em fase de análise, financiamentos nacionais, internacionais e operações de crédito com entidades bancárias.

Participaram da reunião o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura. Marcelo Camardelli Rosa, o diretor técnico da Fundação Ambiental de Proteção Ambiental (Fepam) Gabriel Simioni Ritter, o diretor geral da Secretaria de Parcerias e Concessões, Rafael Ramos, o diretor geral da Sedec, Leandro Evaldt, o coordenador meio ambiente da STE –Serviços Técnicos de Engenharia, Adriano Panazzolo, e o diretor da STE, Athos Cordeiro, e o advogado da Piva Sociedade de Advocacia, Luis Carlos Piva.


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