Endividamento de idosos aumenta 8,56% no Brasil, em agosto
Contas de água e luz lideraram avanço da inadimplência, mas bancos ainda são maiores credores
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“A grande maioria dos idosos chega à terceira idade dependendo apenas da previdência social, em razão da baixa renda e, em muitos casos, da falta de planejamento para a velhice. Como reflexo disso, a inadimplência avança a taxas acima da média ao longo dos últimos anos”, disse a economista-chefe do Departamento Econômico do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti.
Em agosto, o setor de água e luz liderou o avanço da inadimplência entre os idosos, com alta de 17,08% no número de dívidas atrasadas, na comparação com mesmo mês do ano passado. As dívidas em atraso com bancos apresentaram o segundo maior aumento, de 14,42%.
Os bancos permanecem, no entanto, como os maiores credores: quase metade das dívidas (47,26%) em atraso dos idosos são feitas com instituições financeiras. Em seguida, aparece o setor de água e luz (17,05%). Quando consideramos todas as faixas etárias, os bancos também são o setor credor da maior a parte das dívidas. No entanto, o segundo maior é o comércio, com 19,87%. Dados do IBGE mostram que, nos últimos 15 anos, a quantidade de pessoas na faixa de 65 a 94 anos passou de 5,61% para 7,90% da população brasileira.