Endividamento dos gaúchos cai para 69,2% em fevereiro, aponta Fecomércio-RS
Crescimento da economia e taxas de juros mais baixas justificam o alto índice
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Em média, conforme a Fecomércio, o ano de 2012 teve um nível de endividamento mais baixo que 2011. Um dos motivos seria o menor crescimento da atividade econômica no período. Porém, ainda é muito cedo para definir se essa tendência vai permanecer ao longo de 2013.
O presidente da Fecomércio, Zildo De Marchi, atribui o endividamento a um crescimento mais forte da economia e a manutenção de taxas de juros mais baixas. “Percebemos que a maior seletividade dos bancos na concessão de crédito, decorrente da elevação da inadimplência no ano passado e do conhecimento gradual do novo perfil do tomador, está contribuindo para amenizar a expansão do crédito, podendo ser um fator a influenciar o percentual de famílias endividadas em 2013”, explica De Marchi.
O aumento do endividamento na comparação com o mês passado ocorreu, principalmente, para as duas faixas de renda analisadas. Nas famílias com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento foi de 67,1% em janeiro para 71,3% em fevereiro. Nas famílias com rendimento superior a 10 salários mínimos, o percentual de endividadas aumentou de 50,5% em janeiro para 60,5% em fevereiro.
A parcela de famílias que se declara muito endividada permaneceu praticamente estável, com elevação de 13,2% na divulgação de janeiro para 13,5% em fevereiro. O tempo médio de comprometimento com dívidas permaneceu estável em 6,2 meses.
Os principais tipos de dívida atualmente são: cartão de crédito (81,1%), carnês (23,6%) e cheque especial (9,2%). O cartão de crédito se consolida como a ferramenta mais difundida de uso de crédito entre as famílias gaúchas. Desde o início da pesquisa, essa modalidade de crédito lidera, de forma isolada, os tipos de dívida.