Entidades do comércio estão otimistas com o primeiro Dia dos Pais após restrições da pandemia

Entidades do comércio estão otimistas com o primeiro Dia dos Pais após restrições da pandemia

Itens como vestuário, calçados e acessórios, tradicionalmente os mais procurados por quem presenteia nesta data, devem ter “incremento significativo”

Felipe Faleiro

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Entidades representativas do comércio de Porto Alegre e gaúcho estão otimistas com o primeiro Dia dos Pais sem a grande maioria das restrições causadas pela pandemia. Elas são unânimes em afirmar que o volume de vendas no varejo deve aumentar, trazendo inclusive certo alento aos comerciantes que sofreram enormes perdas em meio à Covid-19. Segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), itens como vestuário, calçados e acessórios, tradicionalmente os mais procurados por quem presenteia nesta data, devem ter “incremento significativo”.

A entidade estima crescimento de 8% mas vendas na comparação com 2021. Já uma pesquisa do Sindilojas-POA destaca que o Dia dos Pais deve injetar R$ 163 milhões na economia da Capital, valor impulsionado pela venda de roupas, representando 38,9% do total, seguido por perfumes (16,6%) e calçados (10,9%). Outro destaque da sondagem, observa o Sindilojas-POA, é o gasto com almoço e jantar, que cresceu de menos de 1% em 2021 para 4,6% em 2022.

O ticket médio deverá ficar em torno de R$ 215 por consumidor, valor que pode alcançar cerca de R$ 250, considerando todas as compras relacionadas à data. E 32% dos entrevistados disseram que gastarão mais na compra do presente neste ano do que no ano passado. A Fecomércio RS observa alguns fatores positivos, como a maior mobilidade da população, recuperação robusta do mercado de trabalho e o início do pagamento do Auxílio Brasil com valor reajustado. Porém, jogam contra eles a elevada inflação e os juros também mais altos. 

O Dia dos Pais é considerado pela Fecomércio RS “com menos relevância para o varejo como um todo do que outras datas, como o Natal e Dia das Mães”, movimentando geralmente nichos de produtos específicos. A Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE de maio mostrou que houve aumento de apenas 0,1% nas vendas na comparação com o mês anterior, na série livre de influência sazonal, e queda de 0,2% na relação com maio de 2021. No ano, a alta geral é de 1,8%. Contudo, a venda de tecidos, vestuários e calçados cresceram 3,5% em maio em relação a abril e 8,3% sobre maio de 2021. A receita, por sua vez, subiu 25,6%.

A CDL POA observa que a redução do ICMS também é um fator positivo. “A queda da tributação deflagrada no mês de julho é favorável para o comércio. Em recente estudo, o Banco Central mostrou de que forma variações nos preços de itens como energia elétrica e combustíveis afetam a dinâmica do varejo”, diz o economista-chefe da entidade, Oscar Frank. Segundo ele, porém, o efeito da chamada PEC dos Benefícios será limitado, pois uma parcela expressiva das pessoas que poderá receber os recursos não terá acesso a eles até o Dia dos Pais. Conforme a entidade, as vendas serão “bem melhores do que as de 2021”. A pesquisa do Sindilojas-POA diz que 53,1% devem adquirir em lojas de rua e 42,9% em shoppings.


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