Estudo para produção de insumos químicos oriundos do carvão é apresentado ao governo do RS

Estudo para produção de insumos químicos oriundos do carvão é apresentado ao governo do RS

Copelmi Mineração quer construir um Complexo Carboquímico no Baixo Jacuí

Correio do Povo

Estudo para produção de insumos químicos oriundos do carvão foi apresentado ao governador José Ivo Sartori

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A produção de insumos químicos oriundos do carvão mineral gaúcho deve iniciar em 2021. Com o vencimento do contrato com a Bolívia, em 2019, a Copelmi Mineração quer encabeçar a construção de um Complexo Carboquímico na região de Charqueadas, no Baixo Jacuí. Um estudo de viabilidade econômica e de mercado, realizado pela Secretaria de Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão (Sniec), foi apresentado nesta sexta-feira ao governador José Ivo Sartori.

De acordo com o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, o estudo comprova que o projeto é viável economicamente e possui uma boa reserva de mercado. “O novo complexo poderá ser uma solução caseira para a internalização de arrecadação do ICMS e também para o fornecimento deste insumo que é muito importante para as indústrias gaúchas”, afirmou Lemos.

Segundo ele, o mercado gaúcho tem recepção de mercado para produtos como gás natural, fertilizantes e até metanol, que é utilizado nas indústrias de biodiesel. “Também recebemos a intenção da Copelmi de vencer 1,5 milhão de metros cúbicos para a Sulgás”, explicou o secretário.

Ainda conforme Lemos, a Copelmi Mineração será responsável por buscar investidores internacionais para a concretização do empreendimento. “Iremos trabalhar com um polo carboquímico, pretendemos tratar quimicamente o nosso carvão e através da gaseificação vamos controlar a emissão de gases nocivos”, ressaltou Lemos.

Com a produção dos insumos, o governo ficará menos dependente da importação do gás e terá maior segurança, conforme o secretário. A expectativa do governo é que a construção tenha início em 2018, para que o complexo já esteja em pleno funcionamento em 2021.

Lemos argumentou que, no passado, o projeto não se tornou realidade porque o objetivo era utilizar empresas públicas e recursos públicos. “Com um empreendimento privado, buscando investidores internacionais, será possível fazer o investimento”, concluiu o secretário. Para o diretor de novos negócios da Copelmi Mineração, Roberto Faria, o empreendimento irá incrementar a oferta de gás natural no Estado. “A planta industrial é muito importante, pois o Estado além de deixar de importar, poderá exportar os insumos oriundos do carvão gaúcho, gerando rentabilidade”, disse Faria.

“Vamos mudar a página do carvão, vamos trabalhar com um carvão verde, sustentável, com combustão controlada”, detalhou Faria.

Conforme o diretor da Copelmi, a empresa coreana Posco deve ser uma das principais investidoras do projeto, com investimento previsto de 1,5 bilhão de dólares. Além da Sulgás, Faria relatou que é necessário pensar sobre a comercialização dos produtos que serão ofertados pelo complexo, para que seja possível atrair os investidores.

Faria comentou que a Copelmi foi até a China, a Alemanha e a Coreia para conhecer o funcionamento das tecnologias de gaseificação do carvão e aplicar as técnicas no Rio Grande do Sul. “O empreendimento deve gerar mais de 3 mil empregos na construção e depois na operação entre mina e planta, serão cerca de 1,5 mil empregos gerados. O projeto é mais competitivo do que o gás importado”, afirmou.

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