Estudo para produção de insumos químicos oriundos do carvão é apresentado ao governo do RS
Copelmi Mineração quer construir um Complexo Carboquímico no Baixo Jacuí
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De acordo com o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, o estudo comprova que o projeto é viável economicamente e possui uma boa reserva de mercado. “O novo complexo poderá ser uma solução caseira para a internalização de arrecadação do ICMS e também para o fornecimento deste insumo que é muito importante para as indústrias gaúchas”, afirmou Lemos.
Segundo ele, o mercado gaúcho tem recepção de mercado para produtos como gás natural, fertilizantes e até metanol, que é utilizado nas indústrias de biodiesel. “Também recebemos a intenção da Copelmi de vencer 1,5 milhão de metros cúbicos para a Sulgás”, explicou o secretário.
Ainda conforme Lemos, a Copelmi Mineração será responsável por buscar investidores internacionais para a concretização do empreendimento. “Iremos trabalhar com um polo carboquímico, pretendemos tratar quimicamente o nosso carvão e através da gaseificação vamos controlar a emissão de gases nocivos”, ressaltou Lemos.
Com a produção dos insumos, o governo ficará menos dependente da importação do gás e terá maior segurança, conforme o secretário. A expectativa do governo é que a construção tenha início em 2018, para que o complexo já esteja em pleno funcionamento em 2021.
Lemos argumentou que, no passado, o projeto não se tornou realidade porque o objetivo era utilizar empresas públicas e recursos públicos. “Com um empreendimento privado, buscando investidores internacionais, será possível fazer o investimento”, concluiu o secretário. Para o diretor de novos negócios da Copelmi Mineração, Roberto Faria, o empreendimento irá incrementar a oferta de gás natural no Estado. “A planta industrial é muito importante, pois o Estado além de deixar de importar, poderá exportar os insumos oriundos do carvão gaúcho, gerando rentabilidade”, disse Faria.
“Vamos mudar a página do carvão, vamos trabalhar com um carvão verde, sustentável, com combustão controlada”, detalhou Faria.
Conforme o diretor da Copelmi, a empresa coreana Posco deve ser uma das principais investidoras do projeto, com investimento previsto de 1,5 bilhão de dólares. Além da Sulgás, Faria relatou que é necessário pensar sobre a comercialização dos produtos que serão ofertados pelo complexo, para que seja possível atrair os investidores.
Faria comentou que a Copelmi foi até a China, a Alemanha e a Coreia para conhecer o funcionamento das tecnologias de gaseificação do carvão e aplicar as técnicas no Rio Grande do Sul. “O empreendimento deve gerar mais de 3 mil empregos na construção e depois na operação entre mina e planta, serão cerca de 1,5 mil empregos gerados. O projeto é mais competitivo do que o gás importado”, afirmou.