Eurozona prepara um plano de contingência para eventual saída da Grécia

Eurozona prepara um plano de contingência para eventual saída da Grécia

Chefe do FMI advertiu sobre o risco de contágio da crise

AFP

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Os países da zona do euro mantiveram uma reunião na qual decidiram preparar "um plano de contingência" para o caso de a Grécia deixar o euro, informou nesta quarta-feira uma fonte europeia. "Devemos nos prevenir - o que é normal - e preparar um plano de contingência, mas isso não quer dizer que a Grécia sairá do euro", disse. "É normal que cada um reflita", completou a fonte sobre a reunião do Grupo de Trabalho do Euro (EWG, na sigla em inglês), celebrada na segunda-feira durante uma teleconferência.

A reunião aconteceu dois dias antes da reunião informal da União Europeia, que acontece nesta quarta-feira em Bruxelas, dominada pelo pânico de uma possível saída da Grécia do euro e as dúvidas sobre os bancos espanhóis. Outro responsável da zona do euro minimizou o assunto. "Nós trabalhamos com a ideia central de que a Grécia permanecerá no euro", declarou ele à AFP. "Contudo, é a Grécia que deverá decidir. Por isso temos que imaginar e prever todos os cenários, é normal (...) cada um sabe o que tem que fazer", completou.

O presidente francês, François Hollande, disse nesta quarta-feira que fará todo o possível para convencer a Grécia e aos países europeus de que o país precisa permanecer na zona do euro. "Precisamos convencer aqueles que ainda têm dúvidas sobre a necessidade de a Grécia permanecer na moeda única", completou Hollande durante uma coletiva de imprensa. O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou: "nós europeus queremos que a Grécia continue conosco".

Segundo Rajoy, para superar a crise, a União Europeia precisa ter "certezas, segurança e acabar com os rumores". "Precisamos de certezas sobre a Europa, sobre o euro e sobre o futuro da UE, e ao mesmo tempo de que nenhum país da UE descumpra as medidas estipuladas", disse Rajoy durante coletiva de imprensa dada conjuntamente em Paris com o presidente francês, François Hollande.

Os gregos estão convocados para ir às urnas, pela segunda vez, no dia 17 de junho, depois que as primeiras eleições celebradas no dia 6 de maio não permitiram que nenhuma formação obtivesse uma maioria para governar. A situação na Grécia é "muito preocupante", disse o Banco Central alemão (Bundesbank) em seu relatório mensal, no qual advertiu que se a situação não mudar, Atenas ficará sem "a próxima entrega de ajudas (europeias e internacionais)".

Também a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu sobre o risco de "contágio" no caso de uma eventual saída da Grécia, e mencionou a possibilidade de um "incremento da ajuda" europeia a esse país para evitá-la.


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