Evento da Federasul discute o papel da inovação no futuro das empresas

Evento da Federasul discute o papel da inovação no futuro das empresas

Painel do Tá na Mesa recebeu o presidente do Conselho de Administração das lojas Renner, José Galló, e o CEO da Magazine Luiza, Frederico Trajano

Sidney de Jesus

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“O Digital e o futuro das empresas”, foi o tema abordado no tradicional encontro de debates Tá na Mesa, nesta quarta-feira, 31, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).  O evento, conduzido pelo presidente da  Federasul,  Anderson Trautmann Cardoso, e transmitido no formato virtual pelo canal do Youtoube e na página do Facebook da entidade, teve como convidados o presidente do Conselho de Administração das lojas Renner, José Galló, e o CEO da Magazine Luiza, Frederico Trajano.  

Especialistas no assunto, eles falaram da necessidade de as empresas apostarem em inovação e tecnologia neste momento de  pandemia, e sobre como o processo de transformação digital impactou para o crescimento dos negócios. 

Segundo o presidente do Conselho de Administração das lojas Renner, José Galló, a chegada de novas ferramentas digitais e tecnologias  mudaram o comportamento das empresas e também dos consumidores, antes mesmo da pandemia. “Essa grande transformação começou antes da crise que estamos vivendo. As empresas mais líderes no mercado começaram receber sinais importantes sobre o surgimento de algumas tecnologias no mundo e passaram a investir, desenvolver e utilizar essas ferramentas para o crescimento dos seus negócios”, explicou Galló.  

O presidente do Conselho de Administração das lojas Renner afirmou, ainda, que cada vez mais o on-line e as lojas físicas estão atuando juntas para criar uma melhor opção de venda ao cliente. “Em tempos de pandemia, o consumidor está mais digitalizado. Muitas pequenas e médias empresas que não aderiram a esse processo tiveram que fechar as portas. As que acham que podem continuar como estão e não investirem em inovação, certamente não vão avançar”, ressaltou Galló, lembrando que o cenário de crescimento das novas tecnologias é imenso. “Estamos saindo de um mundo linear, onde as coisas eram mais previsíveis para um mundo de negócios mais organizado e estruturado. Não  vai acontecer  nada se não houver uma mudança nesse sentido do líder da empresa”, enfatizou. 

“A transformação digital já impacta nos negócios há muito tempo e de maneira expressiva. A pandemia catalisou uma mudança que já estava acontecendo. Mesmo agora ou antes da pandemia, as empresas com negócios analógicos quebraram e se tornaram inexpressivas por não investirem em inovação ou não usarem a tecnologia de forma correta”, afirmou o CEO da Magazine Luiza, Frederico Trajano.

De acordo com ele, a grande maioria das empresas já discute sobre como a tecnologia pode ajudar no sucesso dos negócios. “Cumprimos um ciclo bem sucedido de transformação digital e digitalização em nossa empresa. O Rio Grande do Sul é um celeiro de tecnologia. Nossa missão é falar com empreendedores para que gerem a inclusão digital, não só no nosso negócio, mas no Brasil como um todo.  

Para Trajano a inovação tem que ter praticidade e ser útil tanto para o empreendedor e funcionários quanto para o consumidor. “Hoje, dois dos principais motores de todo e-commerece brasileiro estão no Sul do país. A inovação não é criatividade e não está no campo das ideas. Ela tem que acontecer”, afirmou o CEO da Magazine Luiza, lembrando que a empresa sempre esteve muito preparada para o momentos de dificuldades. “Tivemos um ano positivo no ponto de vista de crescimento. Temos 1.300 lojas, sendo 250 delas no RS. Fechamos a maioria das lojas da companhia no ano passado, mas mesmo assim vimos o faturamento crescer em 60% porque foi puxado pelo e-commerece”, revelou Trajano. 

Ele destacou, no entanto, que a  Magazine Luiza nasceu analógica como a grande maioria das empresas tradicionais, mas tem investido há muitos anos em inovação. “A transformação digital nunca foi um ruído. Ela sempre foi um sinal muito claro para todo mundo, só não enxergou quem não quis. Ela atingiu não só o varejo, como também as telecomunicações e já está impactando nos negócios há muito tempo, porém, ainda existe certa inação de muitos empreendedores”, afirmou.  


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