Expectativa é de que vendas aumentem às vésperas da Páscoa

Expectativa é de que vendas aumentem às vésperas da Páscoa

Chocolates tomam conta do comércio de Porto Alegre

Mauren Xavier

Chocolates tomam conta do comércio de Porto Alegre

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A uma semana para a Páscoa, os ovos e coelhos de chocolates já tomaram conta do comércio e dos supermercados. Nos estabelecimentos, opções não faltam e pretendem agradar a todos os tipos de clientes, dos mais econômicos aos mais extravagantes.  No comércio de rua, as lojas direcionaram as suas decorações para a celebração da Páscoa. E o clima atingiu até mesmo aquelas que não comercializam chocolates, mas que esperam pegar carona no momento da compra, como lojas de vestuário e de aparelhos eletrônicos.

Mas são nos supermercados que os chocolates ganham maior destaque e prometem fisgar os consumidores. As tradicionais parreiras de ovos estão montadas nos principais estabelecimentos e à disposição dos clientes. A expectativa da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) é de que sejam comercializados cerca de 9 milhões de ovos de chocolate neste ano. Isso significa que os gaúchos vão absorver 12% do total produzido em todo o país.

A procura ainda é modesta nos supermercados, conforme revelam gerentes e divulgadores das marcas. Mesmo assim, a expectativa é de que na última semana as vendas se intensifiquem. Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o consumidor está mais cauteloso em relação aos gastos. Na prática, isso significa que deverão dar preferência aos ovos menores e às barras de chocolate.

E não é para menos. Os preços estão mais salgados do que no ano passado. Em média, estão com preços 10,9% mais caros. Por exemplo, há ovos de 350 gramas por quase R$ 40. O modelo de colher em que o chocolate é mais cremoso e deve ser consumido com talher tem preço ainda mais elevado: R$ 49 a unidade. Há preços mais em conta, como ovos de 150 gramas e 170 gramas por menos de R$ 30. Em parte, a culpa dos preços maiores está nos complementos. Isso porque nestes modelos o chocolate não é o principal, mas sim o brinquedo ou produto extra que vem junto. Há modelos menos comerciais em que o ovo de 300 gramas custa R$ 23,90. É importante lembrar que alguns supermercados são responsáveis por algumas marcas específicas.

Uma opção para quem não pretende gastar tanto são as cestas, que contêm um mix de produtos, como vários ovinhos e barras de chocolate.

Outro produto que deverá ter boa aceitação é a caixa de bombons. As marcas mais tradicionais custam menos de R$ 10. A estimativa é de que haja um crescimento de 12% nas vendas deste presente nesta Páscoa. Deverão ser vendidas 6 milhões de caixas. “Esse é o tradicional presente de última hora e que vale tanto para todas as idades”, explicou o presidente da Agas.

As barras de chocolate continuam a ser as mais procuradas e o crescimento das vendas deverá atingir 18%. Os custos deste produto têm pouca variação, em média saem por R$ 5.

Requintes extras incrementam sabor

Quem está em busca de chocolates diferenciados para presentear familiares e amigos pode buscá-los em lojas especializadas. Ao invés de grandes quantidades, essas “butiques” oferecem produtos de alta qualidade e apostam nas variações de estilos, formatos e sabores para atrair os clientes.

Uma dessas lojas é a Chocólatras, no bairro Moinhos de Vento. Criada em 1991, a empresa investe no conceito de “unir sensação com o produto final”. Na prática, tenta dar um toque extra de sabor ao chocolate. Por isso, investe em inovações. “O chocolate está diretamente ligado à emoção. Seja para comemorar ou para esquecer as tristezas. E essa relação começa pelo cheiro e o sabor. Isso significa qualidade”, explicou a proprietária Sony Monteiro. Conceito esse que está desde os bombons até os ovos recheados.

Com uma rede de lojas distribuídas pelo país, a Cacau Show também investe em qualidade e oferece um “mix” de opções aos seus clientes. Segundo informou o gerente de uma das lojas no Centro de Porto Alegre, Humberto Paris, oferecer pequenas barrinhas de chocolate, trufas e ovos é uma maneira de abranger uma gama maior de consumidores. “Como o cliente está mais cauteloso nas compras, um mix de produtos se torna interessante porque ele pode optar por um mais barato e outro de maior requinte”, comentou.

A mesma avaliação é feita por Sony. Ela afirma que o consumidor adulto está em busca de qualidade, ao invés de quantidade, como ocorre com as crianças. “O público infantil quer valor agregado. Quer um ovo com brinquedo. Não está preocupado com o sabor do chocolate, mas com o lúdico do presente.” Já o público mais velho, diz ela, quer gastar um pouco mais e ter qualidade compatível com o investimento. “Infelizmente a indústria acaba por investir em quantidade de produção e a qualidade fica de lado. E neste ponto, os chocolates com um perfil mais artesanal e diferenciados se destacam”, explicou a empresária.


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