Expoagas projeta crescimento de 5% no volume de negócios em 2018

Expoagas projeta crescimento de 5% no volume de negócios em 2018

Empresários estão otimistas com a feira supermercadista, apesar da retomada lenta da economia

Cláudio Isaías

Abertura da Expoagas ocorreu nesta terça-feira em Porto Alegre

publicidade

A Expoagas 2018 projeta um crescimento de 5% no volume de negócios com faturamento previsto de mais de R$ 500 milhões nos três dias da feira que começou na terça-feira no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. A avaliação foi feita pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, durante a abertura da feira realizada ontem no Teatro do Sesi. Durante os três dias de evento com feira de negócios, palestras, seminários, debates, espaços feminino e jovem, serão lançados mais de 800 produtos entre os 372 expositores.

A Agas estima a participação de mais de 48 mil visitantes com as inscrições gratuitas para supermercadistas, atacadistas, representantes de padarias, farmácias, bares, restaurantes, lojas de conveniência, açougues, bazares, lojas de 1,99, petshops, hospitais e hotéis.

A solenidade de abertura com a presença do vice-governador José Paulo Cairolli, dos presidentes do Sindilojas, Paulo Kruse, da Farsul, Gedeão Pereira, da Federasul, Simone Leite, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto e da Fecomércio/RS, Luiz Carlos Bohn. No seu discurso, Longo afirmou que os supermercados são como uma segunda casa para todos os cidadãos, já que estão presentes na vida de 100% dos gaúchos e recebem quatro milhões de pessoas por dia somente no Rio Grande do Sul.

Conforme Longo, os supermercadistas estão otimistas com a feira, mesmo que a esperada retomada da economia brasileira ainda não tenha sido sentida pela maioria das empresas. "Embora estejamos galgando importantes conquistas, como a Reforma Trabalhista, que oportunizou a retomada da criação de novas vagas de trabalho, através do trabalho intermitente. Ainda vivemos em um país em que 14 milhões de pessoas estão desempregadas, e em que 41% da população adulta estava inadimplente no mais recente levantamento do SPC, além dos 40 milhões de brasileiros que desistiram de buscar qualificação e do emprego e acabaram indo para a informalidade, que na maioria das vezes, é uma das ramificações do crime organizado. O emprego é e sempre será o melhor e mais eficiente programa social, principalmente, na formação de cidadãos", ressaltou.

De acordo com o presidente da Agas, a corrupção é o maior problema do país, mas uma reforma cultural no modo de agir e de pensar também é iminente. "Mais do que copiar qualquer sistema de governo dos Estados Unidos, já que os cenários são obviamente diferentes, defendemos que enquanto brasileiros precisamos copiar três palavras mágicas do desenvolvimento norte-americano: coletividade, liberdade e responsabilidade”.

Longo afirmou ainda que, enquanto a Previdência não for separada da saúde, a soma dos sistemas público e privado custa o correspondente a 54% do orçamento brasileiro, mais do que o dobro do que é gasto com educação, saúde e benefícios sociais. Além disso, segundo ele, hoje os 32 milhões de aposentados da iniciativa privada custam o mesmo que 1 milhão de aposentados do poder público. Longo disse que acredita nas boas ideias, na honestidade, no trabalho e nas instituições brasileiras.

"Acreditamos na Polícia Federal e na Lava-Jato, no Ministério Público, nos bons políticos e acreditamos, acima de tudo, na força do povo brasileiro. Vamos fazer a nossa parte no dia a dia, cobrando e contribuindo em nossa comunidade com as pequenas soluções, fiscalizando, exigindo a nota fiscal em nossas compras, eliminando as corrupções do cotidiano", acrescentou.

Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895