Exportações da indústria gaúcha registram crescimento de 22% em 2018
Total chegou a 21 bilhões de dólares
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"Alguns segmentos importantes da pauta de exportações do Estado foram prejudicados pela crise econômica na Argentina, país que reduziu a demanda por importados de origem gaúcha em 21,5% este ano. Já a indústria de alimentos, que atualmente tem a maior participação nas exportações do setor secundário, sofre com a diminuição nas vendas para o exterior de carne de frango e suíno", alertou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
O segmento de alimentos, responsável por 15,1% do total exportado pelo Estado, é atingido pelos efeitos negativos provenientes da operação Trapaça e dos embargos da Rússia, que reduziram as exportações das carnes nos últimos dois anos. Celulose e papel (78,7%), Coque e derivado do petróleo e de biocombustíveis (207%), Metalurgia (33,1%) e Madeira (9,6%) foram os segmentos que tiveram melhor desempenho no ano. Alimentos (-6,6%), Químicos (-6,9%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e Materiais elétricos (-31,2%) assinalaram as maiores quedas anuais entre as 24 categorias para as quais houve algum embarque em 2018.
Os principais destinos dos produtos gaúchos em 2018 foram China (14,2%, atingindo 6,1 bilhões de dólares, principalmente soja), Holanda (671,6%, alcançando 1,8 bilhão, valor atípico devido à plataforma de petróleo de 1,5 bilhão) e Argentina (-21,5%, registrando 1,5 bilhão, principalmente automóveis, caminhonetas e utilitários).
As importações do Rio Grande do Sul totalizaram 11,3 bilhões de dólares em 2018, registrando crescimento de 13,7%. Os produtos mais comprados foram Bens intermediários (+15,8%, totalizando 6,6 bilhões).
Dezembro
No último mês do ano, a indústria do Rio Grande do Sul registrou variação positiva de 4,9% em comparação com dezembro de 2017, alcançando 1,2 bilhão de dólares. O setor secundário representou em dezembro 78,7% das exportações do Estado, que tiveram contração de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os segmentos com melhor desempenho foram Celulose e papel (86,8%), Alimentos (13,7%) e Tabaco (5,3%), enquanto as influências negativas foram Couro e calçados (-14,3%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (-27,3%) e Madeira (-30,3%).