Exportações gaúchas encerram 2014 com queda de 25,5%
Balança comercial do Estado foi divulgada pela Fiergs nesta quarta-feira<br />
publicidade
Descontando as três plataformas de petróleo e gás, no valor de 4,77 bilhões de dólares, contabilizadas como venda externa em 2013, ainda assim as indústrias apresentaram um recuo de 7,5%, o pior comportamento desde 2009, período em que predominaram os efeitos da crise financeira internacional. Além disso, o resultado ficou inferior ao do Brasil (-5,7%).
Dos 24 segmentos pesquisados, apenas oito tiveram avanço, enquanto 16 desaceleraram. As fortes retrações vieram de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-29,8%), Tabaco (-18,7%), Produtos de Metal (-16,6%) e Produtos Químicos (-7,1%). Os destaques positivos foram de Coque e Derivados de Petróleo (22,2%) e de Couro e Calçados (10,4%).
As vendas externas de produtos básicos (commodities) também encolheram (-10,7%, somando 4,5 bilhões de dólares), devido à diminuição da demanda externa por soja e pela menor disponibilidade da oferta de trigo para exportação em comparação a 2013. O setor primário respondeu por 24,3% do total enviado ao exterior pelo Estado.
Em relação aos destinos das exportações do Rio Grande do Sul, os três principais países compradores reduziram seus pedidos. A China garantiu a liderança (4,45 bilhões de dólares), embora a sua demanda tenha retraído 2,1%, adquirindo basicamente soja em grão. A segunda posição ficou com os Estados Unidos (1,36 bilhão), que diminuíram em 16,8% as encomendas e receberam tabaco não manufaturado. Na sequência veio a Argentina (1,34 bilhão), com compras de veículos automotores, mesmo tendo solicitado 29,1% a menos.
Ainda em 2014, as importações totais caíram 10,9%, somando 14,9 bilhões de dólares. Todas as categorias de uso desaceleraram ante 2013: Bens de Consumo (-23,9%, 1,50 bilhão), Combustíveis e Lubrificantes (-10,1%, 3,39 bilhões), Bens de Capital (-9,7%, 2,61 bilhões) e Bens Intermediários (-8,6%, 7,45 bilhões).
Dezembro
As exportações da indústria gaúcha interromperam uma sequência de dez quedas consecutivas e cresceram 8,0% em dezembro. Os principais destaques positivos foram Produtos Alimentícios (31,3%), Tabaco (18,8%), Couro e Calçados (13,1%) e Máquinas e Equipamentos (12,8%).