Fábrica da GM em Gravataí suspende fabricação

Fábrica da GM em Gravataí suspende fabricação

Falta de acordo sobre frete com transportadoras ocasionou lotação do estoque

Heron Vidal

Fabricação foi suspendida na GM de Gravataí

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Com a capacidade do seu pátio em Gravataí esgotada (7 mil veículos) e uso de dois pátios extras — Velopark, em Nova Santa Rita, e autódromo de Tarumã, em Viamão — a fábrica gaúcha da General Motors (GM) decidiu suspender a produção na terça-feira. A unidade, que opera em três turnos de trabalho, não chegou a iniciar o segundo turno, às 15h. A suspensão é temporária. Em nota, a GM lamentou a dificuldade de chegar a um acordo sobre fretes com as transportadoras Tegma e Transzero.

Ambas as empresas paralisaram a retirada de carros produzidos na montadora. No comunicado, a GM cita ter fechado negociação com todas as transportadoras de veículos nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos, no interior de São Paulo. Carros chegaram a ser armazenados nas áreas de estacionamento de dois autódromos da Região Metropolitana, Tarumã (Viamão) e Velopark (Nova Santa Rita).

“Neste momento de dificuldades no mercado brasileiro, em que todos precisam unir esforços para superar os desafios e contribuir para a retomada da economia, nosso objetivo comum com todos os parceiros, fornecedores, transportadores e sindicato é manter a unidade operando em três turnos e esta ação unilateral vai forçar a parada da linha de produção”, diz a nota.

A GM/RS reafirma seu compromisso de continuar as negociações sobre o custo do frete. “Esperamos alcançar um acordo que não comprometa a competitividade dos produtos Chevrolet no mercado brasileiro”, finaliza a nota. Os trabalhadores do complexo automotivo, porém, estão preocupados com a possibilidade de o impasse produzir demissões, caso não ocorra um acordo no curto prazo. O desaquecimento das vendas de veículos novos é outro agravante.

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