Falta de confiança permanece, apura Fiergs
Mesmo com alta de 1,4 ponto no Icei de junho, total de 47,6 pontos está abaixo do mínimo de 50
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A pesquisa do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS) divulgada nesta segunda-feira, 26, pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs) revela que o pessimismo continua disseminado entre os empresários gaúchos. Mesmo subindo 1,4 ponto em junho na comparação com maio, chegando a 47,6 pontos, permaneceu abaixo da faixa dos 50, o que indica falta de confiança, embora tenha diminuído, já que foi a maior alta desde setembro de 2022.
O presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, entende que “a confiança do industrial em relação ao cenário econômico possa ser retomada ainda em 2023 com a sinalização de uma queda na taxa de juros”. O Icei-RS é formado por dois componentes que medem as avaliações dos empresários sobre as condições atuais e as expectativas futuras para a economia brasileira e para a própria empresa. Todos recuperaram somente uma pequena parte da queda acumulada desde outubro do ano passado, permanecendo em patamares bem abaixo de suas médias históricas.
O Índice de Condições Atuais aumentou 1,4 ponto, mas ainda está bem distante da faixa dos 50 pontos. Passou de 40 em maio para 41,4 pontos em junho, o que revela continuidade na percepção de piora na comparação com os seis meses anteriores. A maioria dos empresários gaúchos percebe deterioração na economia do país: 52,5% ante 6% que veem melhora, e 41,5% não observam mudanças no cenário. O Índice de Condições Atuais da Empresa subiu um ponto, de 42,8 para 43,8, mas também continuou na faixa negativa.
As perspectivas para os próximos meses melhoraram um pouco, segundo a avaliação dos consultados na pesquisa, realizada de 1º a 13 de junho com 200 empresas, sendo 42 pequenas, 69 médias e 89 grandes. O Índice de Expectativas para os próximos seis meses aumentou 1,4 ponto, de 49,3 em maio para 50,7 pontos em junho. Superou pela primeira vez, desde outubro de 2022, a marca dos 50 pontos, o que indica otimismo, apesar de modesto. A melhora nas expectativas resultou da alta de seus dois subcomponentes: o Índice de Expectativas da Economia Brasileira, de 41,8 para 44,2 pontos, e o Índice de Expectativas da Empresa, de 53,1 para 54 no período. Entretanto, o otimismo continua restrito ao segundo componente, visto que o pessimismo com relação à economia brasileira, ainda que menor, permanece. Em junho, 55% dos empresários gaúchos não veem mudanças no cenário econômico nacional no segundo semestre, e a parcela de 32,5% que acredita na piora é bem superior à fatia de 12,5% que espera melhora.