FCDL-RS estima 2023 "bastante difícil", com economia gaúcha crescendo até 1%

FCDL-RS estima 2023 "bastante difícil", com economia gaúcha crescendo até 1%

Entidade promoveu coletiva de imprensa em Porto Alegre com projeções para o próximo ano

Felipe Faleiro

Moraes e Koch detalharam os números na coletiva na sede da FCDL-RS, no Centro Histórico da Capital

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A economia do Brasil deverá crescer 1% e em torno de 0,5% a 1% no Rio Grande do Sul em 2023, a depender, no caso do RS, da safra de grãos, estimou a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, em sua sede, no Centro Histórico de Porto Alegre. A entidade recomendou cautela a seus associados em relação ao próximo ano, e estimou que haverá uma queda de juros mais branda somente no segundo semestre, especialmente a partir de setembro.

“Para 2023, continuamos com algumas incertezas. Inclusive, elas influenciaram fortemente nos nossos resultados deste ano, como agora no final, em que as mercadorias vendidas a prazo tiveram uma diminuição das vendas”, disse o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, que participou da coletiva ao lado do doutor em Economia e professor da Escola de Negócios da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes, que auxiliou na elaboração do relatório.

Embora o ano de 2022 no comércio tenha sido de “muito a comemorar”, com, por exemplo, a taxa de desocupação medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) ter atingido em torno de 8%, menor índice desde julho de 2015, e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a “prévia do PIB”, estar em um momento favorável, há principalmente três fatores que, de acordo com a FCDL-RS, merecem atenção para o próximo ano, dito como de “planejamento” para o comércio.

De acordo com a entidade, o ano que vem será “bastante difícil”, especialmente em razão da inflação, que está projetada para acima do teto da meta, o que “afeta o poder de compra das empresas”, disse Moraes, e ainda a alta taxa de juros, reflexo da própria inflação. “Trocemos por uma austeridade política e econômica”, comentou o presidente da FCDL-RS. O segundo fator é a política internacional, com o PIB per capita de países como China, Alemanha, Estados Unidos e Japão em tendência de queda percentual, o que afeta os negócios em todo o planeta.

O terceiro fator de atenção está relacionado às contas públicas. “A médio e longo prazo, é preciso que haja um importante e responsável resgate nas questões sociais, porque, ao final, os mais pobres serão eventualmente os mais afetados por eventuais alterações inflacionárias e desequilíbrios fiscais”, pontuou Moraes. O varejo ampliado, que inclui todos os itens, mais automóveis e materiais de construção, ou seja, que requerem financiamento, ainda estão “restritivos quanto às políticas de venda”, e terão um 2023 igualmente de necessidade de atenção, disse a entidade.


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