Federasul e ACPA aprovam “Carta da Indignação” em encontro no Litoral

Federasul e ACPA aprovam “Carta da Indignação” em encontro no Litoral

Associações criticaram quatro político e econômico do Estado e do Brasil

Marco Aurélio Ruas

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Seguindo a tradição, a primeira reunião do ano entre as diretorias da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), com a presença do interior, ocorreu na tarde desta sexta-feira, em Osório. O principal tópico do encontro envolveu a aprovação da “Carta da Indignação”, criada pela Federasul como forma de desabafo contra o atual quadro político e econômico do Estado e do Brasil.

O encontro reuniu mais de 50 líderes empresariais do Estado. Entre os itens abordados também estava a eleição das novas diretorias da Federasul e da ACPA que ocorrerão em abril. Pela primeira vez na história das entidades a disputa contará com dois candidatos.

De acordo com o presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, o protesto tem como objetivo incentivar a sociedade e os governos para que ocorra uma reação contra as ações que estão sendo implementadas na campo político e econômico. “Tudo o que está ocorrendo no país coloca a sociedade em risco”, alertou o presidente. A “Carta da Indignação” foi aprovada durante a reunião e será encaminhada aos mais de 45 mil associados da Federasul. Além disso, uma grande peça de divulgação será colocada, em breve, na fachada do prédio da federação, no Centro de Porto Alegre. A peça mostrará a posição contrária da Federasul em relação a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) – extinta há mais de oito anos. “A CPMF representa o desespero dos governos”, ressaltou Russowsky.

O documento criado pela Federasul destaca que o Brasil está vivendo uma crise sem precedentes. “Atinge a economia, a política, a ética, a moral, a saúde, a segurança, a educação, a infra-estrutura e muito mais. Neste momento conturbado, a Federasul manifesta sua indignação sobre os acontecimentos que inibem e atacam o desenvolvimento e o crescimento sustentável da Nação e do Estado”,diz. “O Brasil está sofrendo a recessão mais profunda e duradoura de sua história”, complementa.

Em relação ao governo do Estado, a carta define como “boas notícias” a criação da lei de responsabilidade fiscal estadual e a da aposentadoria complementar para os novos funcionários públicos. Entretanto alega que as medidas foram “ofuscadas” pelo aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Esse é mais um governo que prometeu combater o déficit pelo controle dos gastos, mas preferiu esquecer suas promessas para seguir o caminho mais fácil do aumento de tributos”,diz. Por tradição, o primeiro Tá na Mesa do ano, no dia 09 de março, terá como convidado o governador do Estado, José Ivo Sartori, que deverá abordar diversos assuntos de interesse das lideranças empresariais.

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