Feninfra estima corte de 400 mil vagas em telecom e redução de investimentos sem a desoneração

Feninfra estima corte de 400 mil vagas em telecom e redução de investimentos sem a desoneração

Custos com a folha de pagamento vão triplicar, alerta a presidente Vivien Mello Suruagy

AE

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O veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao projeto de lei que prorrogaria a desoneração da folha de pagamento coloca em risco a sobrevivência das empresas da cadeia de telecomunicações, bem como os empregos dos trabalhadores. A avaliação é da presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Mello Suruagy. "Os custos com a folha de pagamento vão triplicar, e as empresas não terão como absorver esse aumento", afirmou, em nota.

A estimativa da Feninfra é que o setor corte 400 mil empregos ao longo de dois anos. Ao todo, o setor emprega 2,5 milhões de pessoas, sendo que boa parte são técnicos em campo.

Suruagy ressaltou que muitas empresas enfrentarão dificuldades financeiras sem a continuidade da desoneração e terão que rever também os planos de investimento e expansão dos negócios a partir de 2024. "Certamente, isso impactará a atividade econômica", frisou.

Vale lembrar que o setor de telecomunicações faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de R$ 27,9 bilhões em investimentos destinados a conectividade nas escolas, redes de fibra ótica na Amazônia, além de ampliação do sinal do 4G e 5G, entre outros pontos.



A presidente da Feninfra disse ainda que a decisão de Lula contrariou posições que o presidente adotou em governos anteriores, quando incentivou a geração de empregos. "Certamente, ele foi aconselhado por alas do governo menos sensíveis a essa questão", comentou.

Suruagy também acredita na derrubada do veto presidencial no Congresso, que apoiou de modo quase unânime a continuidade da desoneração até 2027. "A decisão do presidente deverá ser derrubada pelos congressistas, o que certamente vai gerar desgastes para o governo, que precisa aprovar outras pautas importantes", destacou.


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