FMI melhora perspectivas para Brasil, mas ainda vê incertezas
Aumento da previsão de crescimento foi de 0,3% para 0,7% devido ao setor agropecuário
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O forte ritmo das exportações e uma melhoria da demanda doméstica "permitiram à economia voltar ao crescimento positivo no primeiro trimestre de 2017 após oito trimestres em queda", destacou informe do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta terça-feira.
"Uma boa colheita e um impulso do consumo, incluindo uma medida que permitiu aos trabalhadores retirar dinheiro de seu fundo de pensões (saques do FGTS inativo), conduziram a uma revisão para cima de meio ponto percentual para 2017 em relação a abril (dado atualizado em julho), mas a contínua debilidade de investimentos e a crescente incerteza política levaram a uma revisão para baixo para 2018", disse.
O organismo multilateral destacou que a nova estimativa para 2018 continua abaixo do 1,7% projetado há seis meses, devido às recorrentes turbulências políticas que atingem o país.O FMI considerou "prioritário" que o Brasil contenha seu déficit fiscal e implemente uma reforma da Previdência para recuperar a confiança dos investidores O organismo
também vinculou a recente depreciação do real com a crise política.
"O real brasileiro perdeu mais de 4% por uma distensão da política monetária e preocupações em torno da agenda de reformas", que, em grande parte, deve ser aprovada pelo Congresso, disse. "Se a economia se recuperar mais rápido do que o previsto, deverá se garantir um ajuste fiscal maior que o estipulado no orçamento"