G7 debaterá ajuda do FMI para enfrentar a Covid nos países pobres

G7 debaterá ajuda do FMI para enfrentar a Covid nos países pobres

Reunião ocorrerá nesta sexta-feira

AFP

Encontro será o primeiro de Janet Yellen como Secretária do Tesouro dos EUA

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O grupo do G7 terá sobre a mesa na sexta-feira a possibilidade de definir se países pobres poderão recorrer a direitos especiais de saque do Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar os estragos causados pela pandemia, disse nesta quinta-feira uma fonte francesa.

Como foco principal para a primeira reunião de Janet Yellen como Secretária do Tesouro dos EUA, junto aos seus pares da Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Canadá e Itália, estão "a situação econômica e de saúde" e a necessidade de coordenar melhor as respostas nacionais, de acordo com esta fonte.

Em relação à "situação dos países de baixa renda", outra prioridade do encontro, "esperamos que a reunião do G7 possa tomar decisões importantes, incluindo uma nova permissão de Direito Especial de Saque (DES)", como na crise de 2008, acrescentou.

Criada em 1969 pelo FMI como reserva internacional suplementar para seus países membros, os DES podem ser trocados por moeda estrangeira. Seu valor é baseado em uma cesta de cinco grande moedas internacionais e se atribuem de acordo com a cota de cada país.

O FMI recorreu a este instrumento após a crise financeira de 2008, mas o seu montante era metade do agora mencionado pela fonte próxima ao Ministério da Economia francês antes da reunião dos ministros das Finanças. "Até agora enfrentávamos a oposição dos Estados Unidos, mas nossos últimos contatos com o novo governo nos permitiram verificar uma abertura de sua parte", explicou a fonte.

A alocação seria feita por meio de dois sistemas. O primeiro seria uma emissão direta de DES no valor de US$ 500 bilhões, o que permitiria aos países da África subsaariana receber, por exemplo, US$ 18 bilhões. O segundo sistema indireto seria um empréstimo desses direitos aos países pobres por parte dos ricos, já que estes "não precisam dessas reservas porque tomam emprestado nos mercados a taxas muito favoráveis".

"A primeira etapa será convencer os países do G7, que detêm entre 25% e 30% do capital do FMI, e depois o G20, no dia 26 de fevereiro" para poder "tomar uma decisão em abril" durante a reunião anual da instituição financeira, observou a fonte.


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